Pelo 18º ano seguido, o Monobloco levou milhares de foliões para as ruas do Rio de Janeiro, mesmo com o forte calor que fez na manhã deste domingo (18). Neste ano, o cortejo foi no aterro do Flamengo, o parque que liga o centro à zona sul da cidade. Emoldurado pelo Pão de Açúcar e com músicas para agradar todo tipo de folião, o bloco fechou o Carnaval de rua da cidade.
Com bateria completa e organizada da mesma forma que as das escolas de samba, o Monobloco faz sucesso com o público por tocar todos os ritmos. Clássicos de Tim Maia, Martinho da Vila, Cássia Eller, Benito di Paula e vários sambas-enredo embalaram o desfile deste domingo, que durou três horas.
Flávia de Carvalho, 62, frequenta o bloco desde o início. Para ela, já é um ritual viajar os cerca de 30 km que separam a cidade de São João de Meriti, onde mora, do Rio de Janeiro. Todo domingo seguinte ao Carnaval ela curte o Monobloco para fechar a folia e recomenda também o Cordão do Bola Preta, para quem quiser conhecer a folia carioca. O Monobloco é de muita paz e alegria, e a expectativa é fechar o Carnaval com chave de ouro, destaca.
À frente do trio, como há seis anos, componentes do tradicional bloco Cacique de Ramos prestigiaram o Monobloco. Carlos Boneco, 62, é um dos organizadores da ala Guerreiros. E ele diz que, além dos três desfiles que o Cacique de Ramos faz, a presença no Monobloco também é parte do calendário de Carnaval da ala. Ele reconhece o Monobloco como o grande fechamento do Carnaval, mesmo cinco dias após o fim oficial da festa. É importante manter essa tradição. Este ano temos 30 pessoas, e caracterizadas como sempre. Todo ano nós estamos aqui, afirma.
Integrante do Cacique de Ramos desde os 17 anos de idade, Boneco explica que a presença da ala nos últimos cortejos do Monobloco começou depois de uma homenagem por parte do bloco em 2012. Mesmo sem novas homenagens, os caciqueanos aproveitam a folia bem próximos da corda de divisão entre público e bateria.
Neste domingo, cortejo terminou em frente ao Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, após transformar o aterro em um baile funk, com hits como Vai, Malandra, de Anitta, e Que Tiro Foi Esse, de Jojo Todynho.
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