Angela Pinho
São Paulo

A cidade de São Paulo registrou as três primeiras mortes por febre amarela de pacientes que contraíram o vírus na capital.

Todos eles foram infectados em áreas de mata.

Na semana passada, um homem de 29 anos diagnosticado com a doença representou o primeiro caso autóctone (com transmissão local) da capital paulista, mas ainda não havia óbitos.

Agora, novo boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde informa que são cinco casos na cidade, incluindo três mortes.

 
De acordo com a prefeitura, todos os registros da capital são de moradores ou frequentadores de áreas próximas ou na região da Serra da Cantareira, na zona norte. 

Dos três óbitos, todos de pacientes não vacinados, um é o de uma mulher residente no Mandaqui e frequentadora do Tremembé.

Os outros dois são de homens que também moravam no Mandaqui, mas frequentavam o Horto Florestal, área em que já havia sido detectada a circulação do vírus

Após a morte de macacos com a doença, em outubro do ano passado, o parque foi fechado, mas, em janeiro, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu reabrir a área.

Cartazes no local informam sobre a necessidade de tomar vacina dez dias antes, mas não é exigido comprovante de imunização.

 

Ao divulgar os casos, a Secretaria Municipal da Saúde aproveitou para convocar novamente os moradores da zona norte da cidade a se vacinarem. 

Embora a imunização tenha começado em outubro, a cobertura vacinal na região ainda está em 64% --o esperado em áreas com circulação do vírus é 95%. É preciso ficar atento às contraindicações da vacina.

Segundo a pasta, a orientação aos moradores da zona norte que ainda não receberam a visita dos agentes de saúde e precisam ser vacinados é procurar a unidade mais próxima de sua residência para retirar a senha de atendimento.

VACINAÇÃO

Em todo o Estado de São Paulo, o número de casos confirmados de febre amarela subiu 8% desde a semana passada, para 202, com 76 mortes. Mais da metade dos pacientes (54%) contraiu a doença em Mairiporã, na região metropolitana.

Apesar do avanço dos registros, apenas um terço da população esperada se vacinou contra a doença. Foram 3 milhões de pessoas, das 9,2 milhões esperadas ao longo da campanha, que começou no dia 25 de janeiro e se encerraria neste sábado (17) --a data final deve ser estendida.

Para melhorar o indicador, a Secretaria Estadual promove neste sábado (17), mais um Dia D da campanha. De acordo com a pasta, cerca de 900 postos de saúde estarão abertos, incluindo mais de 150 postos volantes montados nas regiões do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Baixada Santista.

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