Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Subcomandante de UPP é assassinado a tiros no Rio

Tenente é o 3º militar morto após intervenção na capital fluminense

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Rio de Janeiro

O tenente Guilherme Lopes da Cruz foi morto, na madrugada desta quarta (21), em um assalto em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.

Cruz era subcomandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Vila Kennedy, também na zona oeste.

O tenente de 26 anos foi o terceiro militar morto desde sexta (16), quando o presidente Michel Temer nomeou o general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, como interventor federal na segurança pública do Rio.

Cruz foi morto após reagir a um assalto quando recebia o seu lanche no drive-thru de uma lanchonete na Freguesia.

Pelo menos dois criminosos participaram da ação, que baleou o policial militar. Segundo testemunhas, um deles ficou ferido, mas conseguiu fugir.

Imagens de câmeras de segurança da loja foram requisitadas por agentes da Delegacia de Homicídios, que já fizeram uma perícia no local.

Nesta quarta, o corpo do sargento do Exército Bruno Albuquerque Cazuca deverá ser sepultado no Rio. Ele foi morto nesta terça (20) após reagir a um assalto em Campo Grande, zona oeste.

CARRO ROUBADO EM ARRASTÃO

Na tarde desta terça, o policial militar recuperou um dos carros roubados no arrastão que terminou com o sargento do Exército morto.

Além da caminhonete da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a equipe do subcomandante apreendeu na comunidade da Vila Kennedy a arma roubada do militar do Exército.

Assassinado nesta quarta, o tenente é o 19° policial morto este ano no Estado do Rio.

COLAPSO

O Rio de Janeiro passa por uma grave crise política e econômica, com reflexos diretos na segurança pública. Desde junho de 2016, o Estado está em situação de calamidade pública e conta com o auxílio das Forças Armadas desde setembro do ano passado.

Não há recursos para pagar servidores e para contratar PMs aprovados em concurso. Policiais trabalham com armamento obsoleto e sem combustível para o carro das corporações. Faltam equipamentos como coletes e munição.

A falta de estrutura atinge em cheio o moral da tropa policial e torna os agentes vítimas da criminalidade. Somente neste ano, 18 PMs foram assassinados no Estado --foram 134 em 2017.

Com a escalada nos índices de violência, o presidente Michel Temer (MDB) decretou a intervenção federal na segurança pública do Estado, medida que conta com o apoio do governador Luiz Fernando Pezão, também do MDB.

Temer nomeou como interventor o general do Exército Walter Braga Netto. Ele, na prática, é o chefe dos forças de segurança do Estado, como se acumulasse a Secretaria da Segurança Pública e a de Administração Penitenciária, com PM, Civil, bombeiros e agentes carcerários sob o seu comando. Braga Netto trabalha agora em um plano de ação.

Apesar da escalada de violência no Rio, que atingiu uma taxa de mortes violentas de 40 por 100 mil habitantes no ano passado, há outros Estados com patamares ainda piores. No Atlas da Violência 2017, com dados até 2015, Rio tinha taxa de 30,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, contra 58,1 de Sergipe, 52,3 de Alagoas e 46,7 do Ceará, por exemplo.

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