Ação da Prefeitura do Rio em favela destrói barracas de comerciantes 

Operação de ordenamento urbano teve apoio da PM e das Forças Armadas

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Moradores observam destroços de quiosques demolidos por retroescavadeiras durante ação da prefeitura na Vila Kennedy
Secretaria Municipal de Ordem Pública coordenou ação integrada com vários órgãos da prefeitura para o ordenamento urbano na comunidade de Vila Kennedy - Márcio Alves - 09.mar.2018 / Agência O Globo
Rio de Janeiro

Uma ação da Prefeitura do Rio na favela Vila Kennedy, na zona oeste, destruiu quiosques de comerciantes e provocou a revolta de moradores, na manhã desta sexta-feira (9).

A operação de ordenamento urbano foi feita a pedido da Polícia Militar e foi acompanhada pelas Forças Armadas, que fazem ações na favela há três dias seguidos. Barracas e quiosques instalados na praça Miami, dentro da favela, foram derrubados com escavadeiras. Segundo a prefeitura, eles eram irregulares.

O prefeito Marcelo Crivella (PRB), no entanto, divulgou nota reconhecendo que houve “uso desproporcional da força, atingindo também desnecessariamente trabalhadores”, e disse que os funcionários envolvidos serão afastados e os comerciantes, cadastrados para “imediata realocação”.

Esta foi a primeira vez desde o início da intervenção federal na segurança pública do estado que as Forças Armadas deram respaldo a agentes da prefeitura numa ação na favela. A atuação das Forças Armadas na Vila Kennedy tem sido uma espécie de laboratório da intervenção. 

O gabinete do interventor federal não respondeu a perguntas da Folha até a publicação deste texto.

No Rio para participar de um encontro com parlamentares fluminenses, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que “se algum excesso aconteceu, e não acredito que tenham sido as Forças Armadas, tem que ser cobrado e os responsáveis, punidos”. 

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