O jornalista Antonio Carlos Drummond, conhecido como Toninho Drummond, morreu nesta sexta (23) de falência múltipla de órgãos, aos 82 anos.
Mineiro, o jornalista comandou por 25 anos a direção da sucursal de Brasília da TV Globo. No início da década de 1970, Toninho Drummond foi convidado pela emissora para fortalecer o noticiário político da emissora durante a ditadura militar.
Sob sua direção, os repórteres passaram a cobrir diariamente o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e os ministérios.
Ele coordenou coberturas importantes, tais como a viagem oficial do penúltimo presidente do regime militar, o general Ernesto Geisel, ao Japão, e a primeira cobertura de eleição direta para prefeitos feita pela TV Globo, ambas em 1976.
Também foi o responsável por conseguir uma entrevista exclusiva com Saddam Hussein, durante a guerra Irã-Iraque, exibida no Jornal Nacional em 1981.
Em 1982 e 1983, Toninho Drummond dirigiu um programa em que o então presidente da República, João Figueiredo, respondia a cartas enviadas pelos telespectadores para as emissoras e afiliadas da Rede Globo.
Em 1988 foi convidado por Roberto Marinho para assumir a direção regional da TV Globo em Brasília. Ele viria a se aposentar em 2012.
Participou, entre outros casos, das coberturas das primeiras eleições diretas para presidente, em 1989, e do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992.
Pelo Twitter, o presidente Michel Temer lamentou a morte do jornalista.
“Meus pêsames pela morte do grande jornalista Toninho Drummond, expoente do jornalismo brasileiro que participou de coberturas importantes no país, sempre com profissionalismo e competência. Meus pensamentos estão com os amigos e os familiares”, escreveu.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.