Polícia diz ter identificado responsável por morte de chefe do PCC no Ceará

Cinco suspeitos tiveram a prisão decretada pela Justiça, mas continuam foragidos

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Gegê do Mangue, do PCC, assassinado no Ceará
Gegê do Mangue, do PCC, assassinado no Ceará - Divulgação/ SAP
Carlos Madeiro
Maceió | UOL

A Polícia Civil do Ceará afirma ter identificado o mandante e outros suspeitos de participação na morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, apontado como chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), e de seu comparsa, Fabiano Alves de Souza, o Paca, no dia 15 de fevereiro.

Segundo a investigação, ao todo, seis pessoas estariam envolvidas no crime. Elas tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça, mas estão foragidas –uma delas, Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro foi morto com tiros de fuzil após o assassinato no Ceará.

Foram decretadas as prisões temporárias de Erick Machado Santos, conhecido por Neguinho Rick da Baixada; Ronaldo Pereira Costa; André Luiz da Costa Lopes, o Andrezinho da Baixada; Thiago Lourenço de Sá de Lima e Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido Fuminho. Este último foi apontado pelos policiais como o mandante do crime.

Além disso, foi descoberto um patrimônio bem maior do que o inicialmente apontado na apuração comandada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas. Ao todo, os membros da fação possuíam bens avaliados em mais de R$ 7 milhões. A motivação do crime, porém, não foi esclarecida. 

Ainda segundo a polícia, existem mandados de prisão contra outras duas pessoas: Samara Pinheiro de Carvalho Cavalcante e Magda Enoé de Freitas. Não foi informada, no entanto, qual a participação das duas mulheres no crime.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos.

Mansão onde estariam Gegê do Mangue e Paca no Ceará
Mansão onde estariam Gegê do Mangue e Paca no Ceará - Divulgação/ Polícia Civil

PATRIMÔNIO

Os integrantes do PCC possuíam quatro imóveis. O mais caro deles, onde vivia Gegê, era uma casa luxuosa em Porto das Dunas, em Aquiraz, avaliada em R$ 2 milhões. A mansão foi adquirida em junho de 2017 e estava no nome de um “laranja”, identificado por José Cavalcante Cidrão –que também teria um mandado de prisão em aberto. 

Um segundo imóvel de luxo, avaliado em R$ 1,8 milhão, na cidade do Eusébio, também foi descoberto nas investigações. A moradia seria para Paca. Um outro imóvel foi identificado em um condomínio na capital, mas não teve o valor de mercado divulgado. 

Além das três propriedades, existia uma mansão em Lagoa do Uruaú, em Beberibe, no valor de R$ 1,1 milhão. A dupla ainda tinha quatro veículos de luxo –avaliados em torno de R$ 2,5 milhões. Todos os bens foram apreendidos por meio de mandados judiciais.

Sobre o helicóptero que teria sido estratégico no assassinato, as apurações apontaram que a aeronave ficou em uma empresa de táxi aéreo situado no bairro Eusébio, em Fortaleza, entre os dias 13 e 15 de fevereiro.

“Com isso, as equipes especializadas chegaram ao nome do piloto que realizou os voos, sendo este identificado por Felipe Ramos Moraes –com passagens pela polícia de Minas por transportar drogas em um helicóptero. No dia do crime, conforme os registros colhidos pela polícia, o veículo realizou dois voos. O primeiro entre 9h28 e 9h50. Já o segundo, às 10h13, com destino à Bahia, de acordo com informações dadas pelo piloto à empresa”, disse a polícia.

'Helicóptero da morte' foi usado em emboscada que matou líderes do PCC
'Helicóptero da morte' foi usado em emboscada que matou líderes do PCC - Divulgação
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