Se na última quinta-feira (29) a chuva castigou Osasco e Barueri, municípios da região metropolitana de São Paulo, nesta Sexta-Feira Santa (30) a capital enfrenta um cenário de alagamentos, chuva de granizo e quedas de árvores.
A região mais afetada pelo temporal que chegou à cidade por volta das 15h é a zona sul. Vias arteriais como as avenidas Rubem Berta (pista local, sentido aeroporto) e 23 de Maio (altura do viaduto General Euclides Figueiredo, ambos os sentidos) foram bloqueadas devido ao excesso de água e as avenidas das Nações Unidas, Interlagos e dos Bandeirantes apresentam alagamentos.
Nos bairros do Brooklin e do Campo Belo, foi registrada queda de granizo. As prefeituras regionais de Cidade Ademar e do Ipiranga estão em estado de alerta desde as 16h, devido ao transbordamento de córregos.
Até as 16h, o Corpo de Bombeiros registrava dez chamados devido a quedas de árvores na capital.
Para amenizar os transtornos gerados pela chuva, a prefeitura elencou uma série de recomendações para quem ficou em São Paulo no feriado:
1) Evite transitar em ruas alagadas;
2) Se a chuva causou inundações, não se aventure a enfrentar correntezas
3) Fique em lugar seguro. Se precisar, peça ajuda
4) Mantenha-se longe da rede elétrica e não pare debaixo de árvores. Abrigue-se em casas e prédios
5) Planeje suas viagens para evitar engarrafamentos causados por ruas bloqueadas
verba
As fortes chuvas do final de março ocorrem na reta final da gestão da João Doria (PSDB) à frente da capital —ele irá se desligar do cargo para concorrer ao governo do estado.
Desde que assumiu, Doria deixou de utilizar a maior parte do dinheiro previsto para obras e manutenção antienchente em São Paulo.
No ano passado, a administração Doria gastou apenas 33% do orçado em ação contra enchentes --R$ 275 milhões de R$ 825 milhões.
Neste ano, as despesas até esta semana não chegavam a 2% do valor anual previsto --só R$ 10 milhões, de um montante de R$ 584 milhões.
A velocidade dos gastos de Doria com publicidade, parte dela referente ao Asfalto Novo, também tem superado a das ações de combate a enchentes --já foram gastos em menos de três meses R$ 24 milhões, do valor de R$ 105 milhões previsto no ano.
Com baixo investimento em 2017, as obras estruturais acabaram se alongando.
O plano do prefeito para as chuvas deste ano, anunciado no ano passado, previa que somente duas de seis importantes obras beneficiariam a cidade ainda no verão.
O programa Asfalto Novo é aposta do tucano para impulsioná-lo nas eleições.
Só em 2018, Doria já gastou R$ 40 milhões com recapeamento e pavimentação de vias --quatro vezes a quantia destinada para drenagem.
No total, foram anunciados R$ 550 milhões para recuperação de 400 km de ruas e avenidas ao longo do ano.
Como já havia mostrado a Folha, essa quantia prevista para asfaltamento supera inclusive a expectativa de investimentos (e não custeio, como salários) nas áreas de saúde (R$ 545 milhões) ou educação (R$ 168 milhões) em 2018.
A velocidade dos gastos de Doria com publicidade, parte dela referente ao Asfalto Novo, também tem superado a das ações de combate a enchentes --já foram gastos em menos de três meses R$ 24 milhões, do valor de R$ 105 milhões previsto no ano.
Com baixo investimento em 2017, as obras estruturais acabaram se alongando.
O plano do prefeito para as chuvas deste ano, anunciado no ano passado, previa que somente duas de seis importantes obras beneficiariam a cidade ainda no verão.
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