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Explosão em posto de gasolina deixa sete feridos em São Paulo

Bombeiros ainda não sabem a causa do acidente; escola precisou ser evacuada

Explosão em posto de combustíveis na zona norte de São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress
Leonardo Fuhrmann
São Paulo | Agora

Uma explosão em um posto de gasolina na avenida Imirim, no Imirim, zona norte de São Paulo, deixou sete pessoas feridas, na manhã desta terça-feira (17).

Quatro vítimas estavam no próprio posto e outras três —um professor e dois alunos— estavam na Escola Estadual Joaquim Leme do Prado, vizinha ao posto. Nenhuma das vítimas se feriu com gravidade e todas foram liberadas após o atendimento médico.

O Corpo de Bombeiros, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e a Polícia Científica investigam os motivos da explosão, mas ainda não têm informações do que causou o acidente.

“A única hipótese que já está descartada é de explosão de gás natural fornecido pela Comgás, pois o posto não oferecia este tipo de combustível”, afirma o coronel Ricardo Peixoto, que comandou as operações.
 

Os bombeiros tiveram de isolar o quarteirão inteiro ao longo do dia. Eles usaram cães farejadores para buscar possíveis vítimas no meio dos escombros do posto por precaução, apesar de não haver informação de pessoas desaparecidas.

Além da cobertura do posto, parte de sua edificação, onde fica também uma loja de conveniência, e o muro que faz divisa com a escola foram destruídos. A Defesa Civil interditou também uma casa que ficava próxima ao posto.

Segundo testemunhas, o foco da explosão foi no fundo do posto, perto da área de troca de óleo e da loja de conveniência. Por isso, a hipótese de um botijão de gás ter provocado o acidente não está descartada.

Segundo a Defesa Civil, outros 20 imóveis, comerciais e residenciais, tiveram algum tipo de dano. Em geral, janelas e telhados danificados. Alguns deles há mais de 50 metros do local.
 

Segundo a Cetesb, o posto estava em situação irregular quanto ao seu licenciamento ambiental. Em nota, afirma que o posto foi advertido no dia 10 de novembro do ano passado para regularizar o seu funcionamento, mas nada foi feito até esta terça. 

A equipe de emergência da empresa aguarda a retirada do entulho para fazer uma melhor avaliação das causas da explosão e de possíveis impactos dela. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o posto tinha capacidade de armazenar 105 metros cúbicos de combustível. 

Os donos não estiveram no 38º DP (Vila Amália), onde foi registrada a explosão.

ESCOLA

“A gente sentiu o chão tremer, a professora que estava na minha sala teve de se apoiar na parede para não cair”, diz uma aluna do primeiro ano da escola Joaquim Leme do Prado. Segundo ela, logo após o barulho da explosão subiu um cheiro forte de combustível e uma fumaça branca de forros e parede danificados.

No momento do acidente, havia cerca de 750 alunos na escola, todos do ensino médio, nas 19 salas de aula. Um professor que ficou ferido diz que foi atingido pelo forro da sala de aula que cedeu.

“Falei para todos os alunos saírem da sala e correrem para o pátio, logo em seguida, os bombeiros chegaram e mandaram sairmos todos do prédio por precaução, porque poderia haver risco de novas explosões”, afirma.

Assim como ele, dois alunos também tiveram escoriações e foram levados para atendimento médico, segundo os bombeiros, pelos funcionários da escola.

A Secretaria Estadual da Educação afirma, em nota, que as aulas na escola estão suspensas e que engenheiros da Fundação para o Desenvolvimento da Educação avaliarão a estrutura. Ao todo, a escola tem cerca de 1.400 alunos, divididos entre os períodos da manhã e da tarde.

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