Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Justiça solta artista circense preso em suposta festa de milícia no Rio

Operação no dia 7 prendeu 159 suspeitos de envolvimento com grupo criminoso

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Imagem mostra jovem abraçado com mulher
O artista Pablo Dias Martins, preso em suposta festa de milícias no Rio, após ser solto neste sábado - Marcelo Regua/Agência O Globo/Folhapress
Rio de Janeiro

Foi solto na tarde deste sábado (21), no Rio de Janeiro, um artista circense que havia sido preso no começo do mês junto com outros 158 suspeitos de envolvimento com o grupo miliciano Liga da Justiça.

Pablo Martins, 23, estava entre os 159 detidos em flagrante numa festa na zona oeste da capital fluminense no último dia 7, que a Polícia Civil afirma ter sido convocada por milicianos. O artista continua sendo investigado. Caso seja formalmente acusado pelo Ministério Público, responderá à ação penal em liberdade.

Segundo sua empresária, Pablo é acrobata e malabarista da empresa de entretenimento Up Leon. "Ele estava na festa com a mulher, se divertindo antes de voltar para a Suécia, onde ele está participando de um espetáculo", disse Olga Dalsenter.

Na decisão que determinou a liberdade de Pablo, o juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2ª Vara Criminal, disse que o artista “não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e é profissional circense, conforme vasta documentação acostada aos autos".

Sua empresária diz ainda que apresentou à Justiça a passagem aérea de Pablo de volta para a Suécia. 

A Justiça do Rio havia determinado a soltura dele na última quinta-feira. Pablo é o primeiro do grupo a ser solto. 

Na noite da festa, 159 homens foram detidos em flagrante suspeitos de associação criminosa e porte compartilhado de armas. A Polícia afirma que todos ali tinham algum envolvimento com o grupo criminoso. 

A Defensoria Pública questiona os critérios da Polícia Civil para as prisões, dizendo que havia entre os detidos pessoas que não tinham qualquer envolvimento com a milícia. 

Segundo a Defensoria, um documento entregue pela Polícia Civil à desembargadora Giselda Leitão, responsável por avaliar os pedidos de habeas corpus dos 159 presos na operação mostra que 139 deles não eram alvo de qualquer investigação. 

Já a Polícia Civil diz em sua defesa que todas as prisões foram convertidas em preventivas pela Justiça.

"Ressalta-se que em audiências e decisões que passaram pelo crivo da Justiça não foi mencionada nenhuma ilegalidade. Cabe esclarecer que, no Estado Democrático de Direito, quem decide sobre a culpabilidade durante o processo criminal é o Judiciário", diz a instituição, em nota. 

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