A atenção aos detalhes e o talento para desenhar levaram Sussu a seguir a carreira de projetista em Jundiaí, no interior paulista.
Começou seus trabalhos ainda na juventude, na produção de diplomas, utilizando caligrafias góticas.
De lá para cá, foram mais de 40 anos trabalhando com projetos nos setores de geração de energia e em grandes indústrias.
Além disso, tinha a maestria de fazer a manutenção de equipamentos que poucos sabiam mexer. Continuava em atividade mesmo depois de aposentado, com projetos feitos no computador.
Otimista, era um homem de fé, alegre e de bem com a vida. Católico fervoroso, era catequista e ajudou a formar gerações de cristãos jundiaienses.
Muito ativo, era bom de prosa, gostava de fazer caminhadas e ler sobre filosofia, história, política e beber uma boa cachaça. “Seu jeito sereno, tranquilo e com ótima argumentação tornava qualquer papo agradável”, conta a amiga Bete Ercolin.
Pai carinhoso e presente, levava os filhos para viajar com frequência. “Fazíamos sempre viagens à praia e ao interior de SP aos finais de semana”, lembra a filha Mônica.
Nas horas vagas, dava aulas de desenho livre e pinturas em guardanapos de pano a idosos. Recentemente, realizou os sonhos de retratar a Santa Ceia, conhecer a Europa e ir à Jerusalém.
Nos últimos dias, sua saúde andava frágil. Morreu no dia 5, aos 80, em decorrência de uma infecção generalizada. Deixa a mulher, Maria Cecília, com quem era casado há quase 60 anos, os quatro filhos e seis netos.
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