Pela terceira vez, muro de vidro da USP amanhece quebrado

Ainda não se sabe o que causou o novo dano no painel, inaugurado há 20 dias

São Paulo

Mais uma vez o muro de vidro que margeia a raia olímpica da USP amanheceu danificado nesta terça-feira (24).

É a terceira vez que o muro de vidro da USP, inaugurado no último dia 4, sofre depredação. A primeira foi registrada na última quarta-feira (18), e a segunda, dois dias depois.

 
Atleta rema na Raia da USP, que teve parte do muro de vidro mais uma vez quebrada
Muro de vidro da Raia da USP quebrado pela terceira vez neste mês - Zanone Fraissat/Folhapress

A USP informou que está tomando medidas técnicas e de segurança para prevenir novos casos de depredação. A prefeitura, por sua vez, disse que "repudia os atos de vandalismo" e que fará um convênio com a universidade para que a Guarda Civil Metropolitana possa patrulhar o local.

Ainda não se sabe, porém, o que tem causado danos aos painéis nem se é possível dizer que se trata de depredação. Um boletim de ocorrência foi registrado no 93º DP e foi solicitada uma perícia. O laudo deve ficar pronto em 30 dias. 

PROJETO

Inaugurado na última semana de João Doria (PSDB) na Prefeitura de São Paulo, o projeto inicial para substituir o muro de concreto da raia da USP previa gradis no lugar dos vidros. No entanto, após queixas de frequentadores de que a mudança geraria aumento de ruído e de poluição atmosférica na raia olímpica, surgiu a ideia da instalação dos painéis de vidro.

Os painéis são feitos de vidro temperado com espessura de 10 mm, com película de proteção, cerca de cinco vezes mais resistente do que um vidro comum. Junto aos 2,2 km de extensão do muro serão instaladas câmeras do projeto "City Câmeras" para vigilância da área.

A instalação do muro, realizada por meio de parcerias com a iniciativa privada, foi orçada em R$ 20 milhões, segundo a prefeitura, e as manutenções futuras ficarão a cargo da USP. Nesse momento, no entanto, os painéis depredados estão sendo trocados por peças extras de reposição. 

Apesar do compromisso com a nova obra, a universidade tem passado por uma crise financeira desde 2014, com a folha de pagamento comprometendo praticamente todo seu orçamento. 

HISTÓRIA

Construída em 1973 paralelamente à marginal, a raia olímpica é um conjunto esportivo destinado à prática do remo e da canoagem. Com 2.200 metros de extensão e cem metros de largura, foi usada em competições. Além de ser utilizada em regatas, costuma ser ponto de treinamento de atletas amadores.

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