Descrição de chapéu violência

Homem que manteve mulher e colega reféns em shopping de SP é detido

Suspeito estava armado com faca; caso foi motivado por ciúmes

Policiais escoltam homem que fez uma mulher refém em loja do shopping Pátio Paulista, em São Paulo
Policiais escoltam homem que fez uma mulher refém em loja do shopping Pátio Paulista, em São Paulo - Rafael Roncato/Folhapress
 
Mateus Camillo
São Paulo

Um homem de 41 anos foi detido após fazer a esposa e um colega dela como reféns no shopping Pátio Paulista, centro de São Paulo, no final da manhã desta quinta-feira (26)

Segundo informações da Polícia Militar, o homem, que não teve o nome revelado, entrou no centro de compras armado com uma faca e encurralou a mulher, de 34 anos, e o colega dela, de 23, na loja Polishop, onde eles trabalham. O episódio levou ao isolamento de parte do primeiro andar do centro comercial por duas horas e meia.

A mulher conseguiu escapar e se trancou no depósito, mas o agressor manteve o funcionário como refém. Uma outra funcionária foi até o setor de segurança e chamou a polícia. Homens do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) negociaram a libertação.

O suspeito invadiu a loja por volta das 11h30 e soltou o funcionário da loja às 14h. O agressor, que é formado em logística, foi detido na sequência e encaminhado ao 5º DP (Aclimação). Ele foi autuado por dano e ameaça, e liberado em seguida.

O funcionário da Polishop sofreu ferimentos leves na perna e foi inicialmente atendido no shopping. Ele passa bem. 

De acordo com o major Valmor Saraiva Racorti, o agressor “sofreu um surto”, que foi motivado por ciúmes da relação da esposa (com quem ele tem um filho de 8 anos) com o colega de trabalho.

"Sorte dela que eu não estou armado, não deu tempo de pegar uma arma. Liga pra ele agora, liga de novo. Todo dia você está transando com esse vagabundo", gritou o homem, com ameaças de morte.

Ele pleiteava que o supervisor da empresa demitisse sua esposa.

Durante a ação, ele ameaçou quebrar "a loja inteira", enquanto arremessava objetos à venda no chão.

O caso foi acompanhado por muitos curiosos. Pouco após o meio-dia, o número de observadores foi aumentando —primeiro, com adolescentes em uniforme escolar, depois, trabalhadores de roupas sociais, que lotavam a praça de alimentação nesse horário. 

Conforme a situação se estendia, o alcance do isolamento, inicialmente restrito a poucas lojas ao lado, foi aumentando gradativamente, até ocupar todo o corredor da Polishop. Duas lojas na frente foram fechadas, mas a vizinha Zara continuou operando por ter acesso em outro andar. Barreiras de proteção sem nenhuma abertura, para evitar fotos e olhares curiosos, foram fixadas dos dois lados do corredor.

A vida no shopping, no entanto, seguiu normal nas outras dependências. Uma funcionária de um restaurante do centro de compras esteve alheia o tempo todo. "O que houve?", perguntou ao repórter.

A assessoria de imprensa do Pátio Paulista informou que adotou todos os procedimentos necessários para garantir a segurança dos funcionários envolvidos e dos clientes do estabelecimento. 

Policiais conversam com familiares do homem que fez reféns dentro do shopping Pátio Paulista, região central de São Paulo - Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress

SELFIE

No dia 5 deste mês, uma mulher armada com uma faca fez refém uma bibliotecária de 60 anos na avenida Paulista, centro de São Paulo.

No episódio, Maria Anália Conceição tirou uma foto e enviou para sua psicóloga, com quem teria uma consulta no mesmo dia. Em entrevista ao jornal O Globo, a bibliotecária afirmou que pediu dicas de como se acalmar durante o sequestro.

Como a agressora pedia que ela chamasse a imprensa, Maria Anália fingiu que pesquisava números em seu celular e aproveitou para trocar as mensagens.

Aos PMs, a suspeita disse que só queria aparecer na mídia. Quando emissoras de televisão chegaram ao local, ela soltou a vítima e foi detida pelos policiais.

Selfie feita por vítima enquanto era mantida refém em ponto de ônibus na av. Paulista, em SP
Selfie feita por vítima enquanto era mantida refém em ponto de ônibus na av. Paulista, em SP - Arquivo Pessoal
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