Descrição de chapéu Agora

Após pichação, Pateo do Collegio tenta proteger área com grade removível

Prefeitura prometeu vigilância, mas testemunhas dizem não ser frequente

Grades removíveis instaladas na frente do Pateo do Collegio, no centro de São Paulo
Grades removíveis instaladas na frente do Pateo do Collegio, no centro de São Paulo - Ronny Santos/Folhapress
William Cardoso
São Paulo | Agora

A fachada do Pateo do Collegio, na Sé (centro de São Paulo), recebeu grades removíveis nesta semana, como uma tentativa de proteção do espaço, que foi alvo de pichação em 10 de abril.

As grades foram colocadas pelos próprios responsáveis pela administração do local, com uma distância de cerca de 10 metros da fachada, restaurada completamente no último dia 6 de maio.

Na mesma semana em que ocorreu a pichação, os responsáveis pelo ato foram detidos e liberados após pagamento de multa de R$ 10 mil.

A direção do Pateo do Collegio foi procurada, mas não se manifestou sobre a colocação das grades. A prefeitura havia prometido vigilância 24 horas no local, com a presença da Guarda Civil Metropolitana, mas frequentadores da região disseram à reportagem que isso nem sempre acontece. O Pateo contava no passado com base da PM.

Na terça-feira (15) à noite, dezenas de moradores se aglomeravam ao redor do gradil. “Acho que a grade, nesse momento, é positiva. Seria melhor ter tudo aberto, mas, como não nos sentimos seguros, a barreira dá essa sensação”, afirmou a enfermeira Iracema Pessinato, 55, turista de Curitiba.

Colega de Iracema, a também enfermeira Mara Alice Zanetti, 53, de Londrina (PR), defende as grades, mas faz críticas. “O que não vi muito foi atividade de serviço social com os moradores de rua.”

A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Bruno Covas (PSDB), afirma que irá mandar os administradores responsáveis pelo Pateo do Collegio retirarem as grades “por se tratar de passeio público”.

Disse que as grades foram colocadas durante a restauração. Nesta quinta, porém, elas foram pintadas de azul.

A Guarda Civil Metropolitana diz que mantém uma viatura, por tempo indeterminado, para a preservação do local. A Secretaria Municipal da Assistência diz que faz abordagens a moradores de rua, convidando-os a seguir para centros de acolhida.
 

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