As manifestações de caminhoneiros chegaram ao nono dia nesta terça-feira (29) apesar do pacote de benesses oferecido pelo presidente Michel Temer (MDB) à categoria. Em várias estradas pelo país, os motoristas mantêm pontos de protesto.
No estado de São Paulo, a rodovia Régis Bittencourt (BR-116) está no epicentro dos atos.
Os caminhoneiros estão concentrados em cinco locais da estrada. Segundo a Autopista Régis, concessionária que administra a via, os motoristas permanecem nos kms 67 (Quatro Barras), 279 (Embu das Artes), 280 (Embu das Artes), 385 (Miracatu) e no km 477 (Jacupiranga).
Não há restrição no trânsito porque os manifestantes estão parados às margens da rodovia.
Não bloquear, mas permanecer acampado é a mesma estratégia adotada por outro grupo de caminhoneiros na Dutra, na altura da cidade de Jacareí (SP). Uma fila de caminhões está estacionada nos dois sentidos da rodovia no km 162. Por lá, cargas como remédios e comida para hospitais e escolas têm sido liberadas.
Caminhoneiros também permanecem estacionados nos dois sentidos da rodovia Anhanguera, na altura da cidade de Limeira. Outro grupo permanecia no acostamento do rodoanel sul, que dá acesso à Régis Bittencourt.
Em Santa Catarina, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) contou 68 pontos de manifestação nas vias federais que cortam o estado na manhã desta terça. Não há bloqueio para veículos de passeio em nenhum dos pontos, localizados nas BRs 101, 282, 280, 470, 153 e 116.
BALANÇO
Último balanço da PRF divulgado na noite desta segunda-feira (28) mostrava que o país registrava 556 pontos de bloqueios ativos nas estradas federais.
Em sua maioria, os bloqueios eram parciais, segundo informou a corporação. Os estados com maior número de protestos eram Rio Grande do Sul (95), Paraná (84), Santa Catarina (68), Minas Gerais (59) e Bahia (40).
A polícia disse que trabalha para liberar as vias para cargas com animais vivos, gêneros alimentícios, equipamentos essenciais, medicamentos, combustíveis e outras cargas sensíveis.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.