Descrição de chapéu greve dos caminhoneiros PM

PM vê 'desmobilização significativa' de ação de caminhoneiros em SP

Comandante diz que recentes prisões e ações da tropa ajudam nesse processo

Rogério Pagnan
São Paulo

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, Marcelo Vieira Salles, disse na manhã desta terça-feira (29) que vê um esvaziamento das mobilizações dos caminhoneiros no estado e espera, para breve, a normalização da vida dos paulistanos. “Nós notamos uma desmobilização bem significativa.”

O oficial da PM atribui a dois motivos essa situação: 1) os desdobramentos das negociações políticas de Brasília e do governo estadual; 2) o trabalho da Polícia Militar no estado. “A presença do [batalhão de] choque nas bases [de distribuição de combustível], viaturas de área, isso teve um aspecto também dissuasório. Porque as pessoas começam a ver que está retomando. Acho que vê o número caminhões escoltados pelas viaturas indo para os postos”, afirmou ele.

Reportagem da Folha mostrou que proprietários de postos de São Paulo estavam recusando receber combustíveis para abastecimento da população em razão de uma série de ameaças e atos de violência praticados por grupos ligados ao movimento grevista. Houve promessas de ataques a postos por meio de áudios enviados para celulares de proprietários e funcionários desses estabelecimentos. Diante disso, na noite desta segunda-feira (28), a Polícia Militar enviou grupamentos do batalhão choque para nove centro de distribuição na Grande SP.

Segundo a PM, essa ação do choque conseguiu amenizar o problema de abastecimento da capital, já que havia motoristas que estavam sofrendo ações de intimidação, como apresentação de notas fiscais dos produtos. Salles disse ainda que de domingo (27) até nesta terça (29) foram realizadas 195 escoltas para postos da capital. "Daqui a pouco, essa constrição começa a se estender um pouco" 

No total, desde quarta-feira, segundo ele, foram realizadas cerca de 600 escoltas, incluindo insumos para Sabesp e Hospital das Clínicas, além de produtos para o Ceagesp. No estado, são 8.449 postos, sendo 2.134 só na capital. 

O PM diz também que para atender esse momento emergencial, os policiais militares tiveram suas folgas suspensas, foi reduzido o número de policiais do administrativo, e decretado estado de prontidão. "Eu nunca vou pagar o que [os PMs] fizeram para mim”, disse o comandante.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.