Secretário do Rio deixa cargo e chama titular da Casa Civil de espertalhão

César Benjamin deixou pasta da educação por divergências com colega

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Rio de Janeiro

O secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, César Benjamin, declarou nesta sexta-feira (18) que vai deixar o cargo em razão de divergências com o titular da Casa Civil municipal, Paulo Messina (Pros).

Benjamin chamou o colega de secretaria de "espertalhão" e o classificou como um "napoleão de hospício".

"Por meio de ações e omissões, a Casa Civil, sob o comando de Paulo Messina, tem se dedicado a minar metodicamente as condições de governança da SME, uma instituição excepcionalmente complexa. Por motivos obscuros, lança as bases da desorganização e da instabilidade em uma área estratégica da administração, que está pacificada e dinâmica", escreveu Benjamin em seu perfil no Facebook.

O ex-secretário de educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin
O ex-secretário de educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin - Ricardo Borges/Folhapress

A decisão foi tomada após o secretário de Educação ler uma nota publicada no jornal "O Dia" em que Messina cobrava uma retratação de Benjamin em relação a um debate sobre a responsabilidade pelos contratos emergenciais assinados pela pasta.

Benjamin responsabilizou a Subsecretaria de Assuntos Compartilhados, da Casa Civil, por não agir para organizar as licitações. Já Messina afirma que a solicitação para contratações emergenciais partiu da própria secretaria de Educação. O chefe da Casa Civil, então, pediu uma retratação do secretário de Educação. A resposta foi o pedido de demissão.

A briga interna é mais um capítulo do governo Marcelo Crivella (PRB), que tem tido dificuldade em tirar do papel projetos de investimentos na cidade. Em fevereiro, o TCM (Tribunal de Contas do Município) proibiu a prefeitura de contratar novas obras antes de garantir recursos para terminar 131 projetos inacabados.

Em sua mensagem, Benjamin fez elogios ao prefeito, a quem considera um "amigo da educação". "Com apoio do prefeito, administrei a SME sem nenhuma interferência espúria e nenhuma concessão ao fisiologismo. [...] Marcelo Crivella governa imerso em grandes dificuldades, que ele não criou. É um homem decente, bom, preocupado com nossas crianças e amigo da educação. Merece respeito. Saberá escolher alguém para me substituir", escreveu Benjamin.

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