Unicamp e UFRGS decidem suspender aulas devido a paralisação

Escolas estadual e municipal da capital paulista funcionam normalmente

São Paulo

A Unicamp decidiu suspender as aulas na próxima segunda-feira (28) nos campi de Campinas, Piracicaba e Limeira devido ao desabastecimento que já afeta o sistema de ônibus —fretados, circular interno e circular moradia— e o sistema de abastecimento dos restaurantes universitários. 

Segundo a universidade, a paralisação dos caminhoneiros poderá provocar dificuldades aos funcionários do serviço de saúde da universidade. Por isso, “orienta a população a buscar atendimento nas unidades de saúde da Unicamp somente em situações de emergência.”

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul também optou por suspender as aulas nesta sexta (25) e no sábado (26) nos campi de Porto Alegre e no campus litoral norte. Os concursos públicos com início previsto para 25, 26 e 28 de maio também estão suspensos.

Algumas prefeituras paulistas também já anunciaram a suspensão das aulas por conta da paralisação dos caminhoneiros. Foi o caso de Mairiporã, que cancelou o funcionamento de creches e escolas na próxima segunda, e de São Roque (a 66 km de São Paulo) que interrompeu os serviços nesta sexta. 

Em São Paulo, porém, as aulas estão mantidas, segundo as secretarias Estadual e Municipal de Educação. Segundo as pastas, não há risco de faltar merenda na próxima semana, quando haverá apenas três dias letivos. O transporte escolar chegou a afetar a zona sul nesta sexta, mas atingiu um número pequeno de alunos, segundo a secretaria municipal. 

Comunicado sobre suspensão das aulas em Mairiporã devido a protesto de caminhoneiros
Comunicado sobre suspensão das aulas em Mairiporã devido a protesto de caminhoneiros - Humberto Müller/ Folhapress

EMERGÊNCIA

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decretou situação de emergência nesta sexta devido à paralisação de caminhões. A medida permite à prefeitura fazer compras sem licitação, requisitar ou apreender bens privados, como combustível estocado em postos, e realizar gastos sem depender do empenho orçamentário.

A preocupação é que a crise de abastecimento possa provocar um colapso na cidade a partir de segunda-feira, como no transporte de ônibus, coleta de lixo, serviços de saúde e entrega de merenda nas escolas.

Para economizar combustível, a gestão deve suspender serviços administrativos não essenciais. Covas pode ainda decretar feriado municipal caso o desabastecimento continue. O rodízio municipal de veículos, por exemplo, foi suspenso na cidade quinta (24) e sexta-feira (25).

O presidente Michel Temer publicará nesta sexta um decreto que autoriza agentes do Exército, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Polícia Militar a desobstruir rodovias, inclusive entrando nos caminhões para retirá-los até mesmo dos acostamentos.

 

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