Juarez Canejo nem imaginava, mas, da necessidade de trabalhar como feirante descobriria anos mais tarde a sua vocação para a publicidade. Nascido em Jardim, o cearense de infância pobre chamava a atenção pelo carisma, raciocínio rápido e persuasão. Não à toa, na adolescência foi convidado para fazer trabalhos de audiovisual na área.
Juarez era conhecido por ser uma fonte inesgotável de alegria e criatividade. Sempre tinha uma resposta na ponta da língua, com doses de bom humor —muitas vezes à lá Renato Aragão, lembra o amigo Alde Rodrigues. "Ele colocava os assuntos certos na hora certa. Era um gênio", conta.
Era perfeccionista com seus trabalhos e andava sempre impecável. Não gostava de discutir os defeitos das pessoas e sim as qualidades e virtudes.
Além de apaixonado pela propaganda, era aficionado por tecnologia, buscava entender a fundo como cada coisa funcionava —de um controle remoto a uma máquina complexa, chegando a desmontá-los, lembram os amigos.
Mesmo nos momentos de lazer pensava em criar algo. Aventureiro, costumava viajar com os filhos de carro, passando por várias cidades do sertão nordestino.
Morreu no dia 3, aos 56, após dois anos de luta contra um câncer no pâncreas. Deixa a mulher Elizabete, com quem era casado havia mais de 30 anos, três filhos e três irmãos.
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