Descrição de chapéu gay

Dois homens são esfaqueados em rota da Parada LGBT de SP

As vítimas foram atacadas por ladrões na rua Sergipe, na região da Consolação

Movimentação na 22ª edição da Parada do Orgulho LGBTQ, na Avenida Paulista
Movimentação na 22ª edição da Parada do Orgulho LGBTQ, na Avenida Paulista - Bruno Santos/ Folhapress
São Paulo

Dois homens foram esfaqueados durante um roubo na região da Consolação, no centro de São Paulo, próximo a rota da Parada do Orgulho LGBT, na noite deste domingo (3).

Ao menos três travestis abordaram por volta das 18h30 os dois homens na rua Sergipe e anunciaram o roubo. Os policiais não informaram o que foi roubado das vítimas.

Um dos homens foi atingido por golpes de faca no abdômen e outro na perna. Eles foram levados à Santa Casa de São Paulo e ao Hospital das Clínicas. O estado de saúde deles não é grave, de acordo com a PM.

Após buscas na região, policiais militares da Força Tática prenderam um suspeito com uma faca suja de sangue. Ele foi levado ao 78º DP (Jardins).

Durante a festa, que terminou por volta das 19h na Consolação, também foram relatados furtos de celulares  —a reportagem presenciou um caso.

Após o final da festa na região, a via ainda ficou tomada de pessoas que acompanhavam o evento. A Paradada LGBT continuou no vale do Anhangabaú, com show do Banana Split Fíakra e Jade Baraldo.

FESTA COM RECADO POLÍTICO

A 22ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, reuniu cerca de 3 milhões de pessoas neste domingo na região central da capital, segundo a organização. 

Em 2012, quando a estimativa deles foi de 4 milhões de presentes, pesquisa Datafolha aferiu a presença de cerca de 270 mil.

Segundo o instituto, 1,5 milhão de pessoas é a lotação máxima do trecho Paulista-Consolação, isso em um cálculo superestimado: com lotação de sete pessoas por metro quadrado, aperto semelhante ao enfrentando no metrô no horário de pico.

De olho nas eleições, a Parada escolheu como tema “Poder para LGBT + Nosso Voto, Nossa Voz. A arquiteta Mônica Tereza Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada no Rio, participou da festa. 

De cima do trio, Mônica lembrou a atuação de Marielle como mulher negra, lésbica e favelada.

O vereador paulista Gilberto Natalini (PV) e o deputado federal Orlando Silva (PC do B) também falaram ao público, entre palmas e vaias.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) esteve presente e foi vaiado ao subir no caminhão de abertura da Parada. No ano passado, o ex-prefeito João Doria não compareceu.

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