Dois homens foram esfaqueados durante um roubo na região da Consolação, no centro de São Paulo, próximo a rota da Parada do Orgulho LGBT, na noite deste domingo (3).
Ao menos três travestis abordaram por volta das 18h30 os dois homens na rua Sergipe e anunciaram o roubo. Os policiais não informaram o que foi roubado das vítimas.
Um dos homens foi atingido por golpes de faca no abdômen e outro na perna. Eles foram levados à Santa Casa de São Paulo e ao Hospital das Clínicas. O estado de saúde deles não é grave, de acordo com a PM.
Após buscas na região, policiais militares da Força Tática prenderam um suspeito com uma faca suja de sangue. Ele foi levado ao 78º DP (Jardins).
Durante a festa, que terminou por volta das 19h na Consolação, também foram relatados furtos de celulares —a reportagem presenciou um caso.
Após o final da festa na região, a via ainda ficou tomada de pessoas que acompanhavam o evento. A Paradada LGBT continuou no vale do Anhangabaú, com show do Banana Split Fíakra e Jade Baraldo.
FESTA COM RECADO POLÍTICO
A 22ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, considerada a maior do mundo, reuniu cerca de 3 milhões de pessoas neste domingo na região central da capital, segundo a organização.
Em 2012, quando a estimativa deles foi de 4 milhões de presentes, pesquisa Datafolha aferiu a presença de cerca de 270 mil.
Segundo o instituto, 1,5 milhão de pessoas é a lotação máxima do trecho Paulista-Consolação, isso em um cálculo superestimado: com lotação de sete pessoas por metro quadrado, aperto semelhante ao enfrentando no metrô no horário de pico.
De olho nas eleições, a Parada escolheu como tema “Poder para LGBT + Nosso Voto, Nossa Voz. A arquiteta Mônica Tereza Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada no Rio, participou da festa.
De cima do trio, Mônica lembrou a atuação de Marielle como mulher negra, lésbica e favelada.
O vereador paulista Gilberto Natalini (PV) e o deputado federal Orlando Silva (PC do B) também falaram ao público, entre palmas e vaias.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) esteve presente e foi vaiado ao subir no caminhão de abertura da Parada. No ano passado, o ex-prefeito João Doria não compareceu.
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