Estupros voltam a crescer em maio em SP; é o 8º mês seguido de alta

Roubos de carga, por sua vez, apresentaram a 9ª queda consecutiva

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Os estupros voltaram a crescer em São Paulo, ​com 10% ​de aumento ​em maio. É o oitavo mês seguido de alta desse tipo de crime.

Por outro lado, o estado também teve nova queda nos roubos de carga, de 29%, a nona redução consecutiva, de acordo com dados divulgados pelo governo paulista nesta segunda (25).

Em números absolutos, a polícia registrou 1.036 ataques sexuais no mês de maio, contra 943 reclamados no mesmo mês de 2017. No acumulado nos primeiros cinco meses de 2018, a alta é ainda maior. São 5.212 casos contra 4.485 no acumulado de 2017 no mesmo período, um aumento de 16,2%.

Já com relação aos roubos de carga —uma das principais preocupações do governo paulista desde o ano passado—, a redução de 29% representa, em números absolutos, 277 casos a menos: em maio de 2017 foram 939 crimes, contra os 662 atuais. No acumulado, a redução chega a 17% (de 4.485 para 3.712).

Os homicídios, ainda segundo os dados oficiais, também mantiveram a tendência de queda. Em maio passado, o estado registrou 248 homicídios intencionais, contra 273 no mesmo período de 2017: queda de 9%. No acumulado, redução é de 12,9%: de 1.518 para 1.323.

Essa queda estadual não se deve, porém, ao desempenho da capital. A cidade de São Paulo assistiu no mês de maio, período em que ocorreu a greve dos caminhoneiros, um crescimento de 32% nos assassinatos, passando de 50 em maio do ano passado para 66 vítimas, neste ano.

Segundo o secretário Mágino Alves Barbosa Filho, a polícia ainda estuda os motivos para a elevação dos homicídios dolosos na capital e, por ora, não teria ligação com o movimento dos caminhoneiros.

Sobre os estupros, o secretário voltou a dizer que é um crime de difícil combate, porque a maioria ocorre em ambientes fechados e cometido por pessoas ligadas à vítima. Mágino afirma que o crescimento pode estar ligado ao aumento não propriamente dos crimes mas ​das denúncias, já que parte dos casos registrados (cerca de 30%) não aconteceram em maio, mas, sim, em períodos anteriores.

“As mulheres estão tomando coragem para enfrentar isso da melhor forma possível. A melhor forma possível é noticiar [à polícia]”, disse.

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