Descrição de chapéu Obituário Paulo Paes Lobato (1930 - 2018)

Mortes: Enfermeiro de Macapá e apreciador de vinhos

Antes sapateiro, tornou-se professor de ciências e voluntário da Cruz Vermelha

Kelly Mantovani
São Paulo

Paulo Lobato entendia muito bem quando se tratava do lado biológico da vida, seja como professor de ciências ou enfermeiro.

Nascido em Barcarena, na região de Belém do Pará, mudou-se para a capital do estado mais ao norte, o Amapá. 

O garoto do interior, que trabalhara com produção de sapatos, cresceu e dedicou mais de 40 anos de sua vida entre compartilhar o saber lecionando aulas em escolas públicas e particulares, e trabalhar em hospitais.

Conheceu a mulher, Maria Idália, que lecionava geografia e também foi sua professora nos anos 1950.

Paulo era alegre e buscava sempre reunir os amigos em uma mesa farta com vinhos de boa qualidade, lembra a amiga Alcinéa Cavalcante, a quem tinha como filha.

Mesmo depois de aposentado, continuou em atividade. Além de prestar serviços voluntários, na Cruz Vermelha e Associação dos Aposentados, gostava de passear com a mulher pela cidade, viajar pelo país e também navegar pela internet.

Católico fervoroso, Paulo não perdia as missas dominicais com a companheira, chegando a ser ministro da eucaristia em duas igrejas.

Quando o assunto era música e cinema, tinha um gosto bastante apurado. Nas horas de folga, costumava ouvir MPB e assistir filmes, principalmente os clássicos --dos quais fazia coleção e tinha o maior cuidado.

Gostava também de acompanhar os jogos do Palmeiras, time do coração.

Dedicado, era um pai alto-astral e muito atencioso com os filhos "Foi um pai maravilhoso, sempre brincalhão", lembra a filha Ana Francelina.

Parou no dia 6, a apenas três dias de completar 88 anos, após complicações de uma pancreatite. Deixa a mulher, Maria, com quem estava casado havia 60 anos, os cinco filhos, 11 netos e quatro bisnetos.


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