Tiroteio fere policial e fecha bondinho do Pão de Açúcar

Pela 1ª vez desde 1912, cartão postal no Rio encerrou atividade devido à violência

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Bondinho do Pão de Açúcar, no Rio - Antônio Gaudério/Folhapress
 
Rio de Janeiro

Um policial militar ficou ferido durante confronto entre a polícia e suspeitos na Urca, zona sul do Rio. Por causa dos tiroteios, o bondinho do Pão de Açúcar encerrou as atividades mais cedo e o Aeroporto Santos Dumont fechou por 15 minutos. Pela 1ª vez desde 1912, cartão postal no Rio fechou devido à violência.

A operação policial começou por volta das 8h, com o objetivo de prender suspeitos nas comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme, também na zona sul.

Policiais do Batalhão de Polícia de Choque tentavam chegar às comunidades pela mata, quando encontraram um grupo de suspeitos. No confronto, um policial foi atingido na perna por estilhaços de granada.

Ele foi levado ao Hospital Central da Polícia Militar e, de acordo a polícia, os ferimentos não são graves.

Moradores relataram intenso tiroteio. Os suspeitos fugiram em direção à Praia Vermelha, na Urca, que fica do outro lado do morro. Um deles foi preso.

Cercada por montanhas, a Praia Vermelha é uma área militar e sedia a Escola de Comando do Estado Maior do Exército. Nela, está o acesso ao bondinho do Pão de Açúcar, que encerrou as atividades mais cedo nesta sexta.

Segundo a administração do serviço, o tráfego de bondinhos foi paralisado por volta das 15h. Naquele momento, cerca de 100 pessoas estavam no Pão de Açúcar e foram abrigadas no anfiteatro do Morro da Urca.

Por volta das 17h, o funcionamento foi retomado para a descida dos visitantes. As atividades foram encerradas mais cedo.

A Infraero informou que o Aeroporto Santos Dumont ficou fechado entre 15h15 e 15h30 por causa do tiroteio mas diz que não houve impacto operacional. Nas decolagens, os aviões passam perto da região onde houve o confronto.

Moradores das comunidades da Babilônia e Chapéu Mangueira e do Leme vêm sofrendo com a disputa de grupos rivais pelo controle da região, que começou há cerca de um mês.

Segundo a plataforma colaborativa Fogo Cruzado, foram registrados ao menos oito tiroteios nas duas comunidades nos últimos 15 dias.

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