Após queda de avião, Campo de Marte está fechado

Piloto morreu após ficar preso nas ferragens e outras 6 pessoas ficaram feridas

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Aeronave de pequeno porte caiu no domingo no Campo de Marte, zona norte de São Paulo
Aeronave de pequeno porte caiu no domingo no Campo de Marte, zona norte de São Paulo - Avener Prado/Folhapress
São Paulo

O aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, está fechado para pousos e decolagens nesta segunda-feira (30) para facilitar o trabalho de perícia no avião de pequeno porte que caiu na noite de domingo (29).

O piloto da aeronave morreu após ficar preso nas ferragens, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Outras seis pessoas foram socorridas com vida para hospitais da capital.

No total, havia sete pessoas a bordo da aeronave. Uma das vítimas foi socorrida com o apoio do helicóptero Águia, da Polícia Militar, e levada ao Hospital das Clínicas. As outras foram para a Santa Casa de Misericórdia, para o hospital São Camilo e para prontos-socorros da região central e da zona oeste da cidade. As informações iniciais apontavam que os sobreviventes foram socorridos com quadros de traumatismo craniano e de abdômen.

O avião de prefixo PP-SZN, vinha de Videira, em Santa Catarina, quando arremeteu duas vezes e acabou caindo na pista de ponta cabeça. Após cair, a aeronave sofreu uma explosão e pegou fogo.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas às 18h20 e oito carros da corporação foram enviados ao local para controlar o fogo gerado pela explosão da aeronave. 

No início da noite, ainda era possível ver o trabalho das equipes de resgate que espalharam espuma na pista para evitar que as chamas se propagassem com um possível derramamento de combustível.

“A queda fez com que o avião ficasse totalmente retorcido, dificultando a retirada das vítimas. O piloto e mais uma vítima que estava na cabine foram retirados depois de uma hora de resgate. Esse passageiro foi levado para o Hospital das Clínicas pelo helicóptero Águia da Polícia Militar”, disse o porta-voz dos bombeiros, capitão Marcos Palumbo.

Consta no registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que a aeronave é um bimotor turboélice BE9L, fabricado em 2008 pela Hawker Beechcraft, com capacidade para sete passageiros. O bimotor é de propriedade da empresa de embalagens Videplast, com sede no município catarinense.

Segundo Eliandro  Pazin, sócio da empresa, o piloto do avião, que morreu, é Antonio Traversi. Os sobreviventes são Nereu Denardi e Geraldo Denardi —sócios da empresa—, Aguinaldo Nunes, Agnaldo Crippa, Bene Souza e Enzo Denardi (filho de Nereu).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o avião arremeteu duas vezes antes de cair, o que alertou a equipe de socorro do Campo de Marte para se posicionar antes da queda da aeronave. 

“A equipe dos bombeiros da Aeronáutica no Campo de Marte foi essencial para controlar o fogo e não permitir que as chamas atingissem as vítimas no interior do avião”, afirmou o porta-voz da corporação. 

Por volta das 20h, o movimento no aeroporto já era menor.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que investiga as causas do acidente. Uma equipe foi enviada ao Campo de Marte para fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter visto a queda. Até que a perícia seja feita não é possível apontar as causas do acidente.

O aeroporto registrou acidentes graves nos últimos anos. A última grande tragédia foi em 2016, quando um monomotor com sete pessoas a bordo caiu em cima de uma casa logo após decolar rumo ao Rio de Janeiro. Entre as vítimas, estava um ex-presidente da Vale, Roger Agnelli. Os moradores da casa atingida fugiram pelos fundos e não sofreram ferimentos graves.

Em 2007, outra aeronave que acabara de decolar também caiu sobre uma casa, deixando oito mortos, incluindo um bebê.

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