Fabricante de toboágua afirma nunca ter registrado acidentes fatais

Empresa canadense emitiu uma nota na qual lamentou o acidente que vitimou radialista no Ceará

Toboágua colorido em construção
Vainkará, novo brinquedo do Beach Park, inaugurado em maio - Divulgação
 
João Pedro Pitombo
Salvador

A empresa canadense ProSlide, fabricante do brinquedo Vainkará do parque aquático Beach Park, no Ceará, emitiu uma nota na qual lamentou o acidente que vitimou o radialista Ricardo José Hilário, de 43 anos.

“Estamos profundamente tristes (…) Em nome de toda a nossa equipe, damos nossos pêsames à família da vítima”, disse o CEO e presidente da empresa Rick Hunter.

Na nota, Hunter afirma que este é o primeiro acidente fatal registrado em um brinquedo fabricado pela empresa, que atua neste segmento desde 1986.

O brinquedo “Vainkará”, do tipo “TornadoWave”, é fabricado pela empresa desde 2011. Outros 44 parques aquáticos têm equipamentos semelhantes fabricados pela ProSlide no qual já brincaram 53 milhões de pessoas, sem registro de acidentes.

“Acima de tudo, a segurança é a base de tudo o que projetamos e construímos na ProSlide”, disse Rick Hunter.

O CEO da empresa canadense ainda afirmou que o equipamento do Beach Park foi liberado para uso depois de testes e comissionamentos. E disse que atuará junto à equipe do parque aquático e às autoridades locais nas investigações das causas do acidente.

Este não foi o primeiro acidente ocorrido em um dos brinquedos do parque neste ano. Em janeiro, um grupo de turistas viveu momentos de tensão e chegou a ter que furar boias para escapar de um acidente no parque aquático

A VÍTIMA

Quem convivia com Ricardo José Hilário da Silva diz que ele era apaixonado pela família e por viagens. O radialista, inclusive, já estava planejando ir para os Estados Unidos no ano que vem para levar a filha e a mulher aos parques da Disney.

“Trabalhei com o Ricardo por dois anos e dois meses. Ele era bastante ligado à família. Saía de Sorocaba (99 km de SP) todos os dias de madrugada para vir apresentar o programa. Falávamos muito de viagem. Ele gostava muito de viajar e de levar a mulher e a filha. Ele planejou essa viagem para o Ceará por dois meses, porque queria levar a filha para brincar em vários lugares”, recorda a radialista Adriana Rosa, 46, que trabalhava com Ricardo Hill, como ele era conhecido, na rádio Nova Brasil FM, na capital.

Adriana, que dividia os microfones com o colega, diz que vai sentir falta das conversas e do “ser humano”, que era Silva. Antes de trabalhar na Nova Brasil FM, ele passou pela rádio Jovem Pan, uma das mais tradicionais da capital. “Eu sempre descia nos estúdios da FM para poder bater um papo com o Ricardo. Uma pessoa muito do bem, que amava demais a família. A gente falava sobre carros, viagens. É uma notícia muito triste, um cara muito novo e que tinha a vida toda pela frente”, afirma o radialista Leonardo Muller, 34.

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