Descrição de chapéu Obituário Sylvio Tancredi (1925 - 2018)

Mortes: Do clássico ao jazz, viveu o piano por quase 90 anos

Sylvio começou a estudar piano aos seis anos e tocou até sintetizadores

Thaiza Pauluze
São Paulo

Aos seis anos, Sylvio já estudava piano. Antes dos 15, embarcaria de Monte Azul Paulista, no interior, ao centro da capital do estado para se formar num conservatório musical.

Foi do piano ao órgão e até aos sintetizadores, teclados desses mais modernos. Também ia com facilidade do clássico de Vivaldi, Tchaikovsky e Beethoven ao jazz. Tornou-se exímio compositor, arranjador, maestro e solista de piano do Club Athletico Paulistano, um dos mais tradicionais da metrópole.

Sylvio Tancredi (1925-2018)
Sylvio Tancredi (1925-2018) - Arquivo pessoal

O filho de pai barbeiro e mãe dona de casa interioranos usava a música para fazer um trabalho social. Sylvio foi por muitas décadas diretor e maestro voluntário do Coral e Orquestra Carlos Gomes, da Federação Espírita do Estado de São Paulo. O espiritismo kardecista era também a religião que seguia e a que lhe dava forças para seguir nos momentos difíceis.
 

Sylvio se dizia realizado profissionalmente. Somava composições de peças e arranjos, discos de vinil, CDs e participações em programas na Era do Rádio e na televisão. Chegou até a gravar com uma orquestra a canção que tocaria em todos os voos da extinta companhia aérea Sadia, que viria a se tornar Transbrasil. 

O músico manteve-se ativo, inclusive dando aulas de piano, até os 92 anos. Viu um de seus filhos herdar sua profissão: Pericles é baterista e percussionista, toca desde criança e dividiu o palco com o pai.

Há dois meses, Sylvio ficou viúvo de Leonor, com quem foi casado por mais de seis décadas. O músico já vinha enfrentando problemas de saúde e morreu no dia 24 de julho, por falência múltipla dos órgãos. Deixou dois irmãos, três filhos, três netos e duas bisnetas.


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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