A jornalista Elisa Aparecida deixava por onde fosse o sorriso marcante e aquela imagem de pessoa de bem com a vida, dessas que espalham alegria. Mas, sincera, também não escondia o que pensava, inclusive quando algo não lhe agradava.
Uma de suas maiores realizações pessoais foi concluir a faculdade de jornalismo, em 2017. A jovem não conseguia esconder a felicidade no dia da colação de grau, ao receber o tão esperado diploma.
Nascida em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, ela chegou à família dez anos após o único irmão. Por causa da diferença de idade, sempre foi muito ligada às primas Marta e Camila, com quem cresceu, quase como irmã.
A casa da avó, no bairro Sertão da Quina, em Ubatuba, era um dos seus lugares preferidos. Foi nesse bairro que, há pouco mais de dois anos, conheceu Lucas. Com o namorado, dividiu os momentos felizes e também sua luta contra um câncer de mama.
Mesmo doente, ela se apegava na fé até nas pequenas coisas do dia a dia. E rejeitava a ideia de se deixar abater ou esquecer de agradecer por tudo que tinha.
Católica, Elisa trabalhou durante quatro anos na Cúria Diocesana de Caraguatatuba, onde também deu os primeiros passos na profissão. Sua função inicial era administrativa, mas depois passou a auxiliar a jornalista responsável pela produção de textos para a revista De Praia em Praia.
Nos últimos tempos, fazia planos de atuar em outras mídias e crescer na carreira. Planejava também casar e ter filhos. Não houve tempo. Elisa morreu no dia 13 de julho, aos 28 anos, devido a complicações do câncer, que atingiu seu pulmão. Deixa o pai, a mãe, o irmão e o namorado.
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