A Polícia Civil de São Paulo prendeu sete pessoas por suspeita de envolvimento em uma quadrilha que vendia carros roubados pela internet.
O esquema envolvia roubo, receptação, e adulteração de veículos antes de colocá-los à venda online. As investigações que resultaram na operação Miragem, como foi batizada, começaram no início do ano, segundo a Polícia Civil. 60 policiais foram às ruas para cumprir 12 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão nas zonas norte, leste e oeste.
A quadrilha oferecia semanalmente entre dois e três carros roubados online.
Segundo o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), a quadrilha era uma das mais atuantes no ramo, com uma estrutura complexa, que envolvia desde assaltantes nas ruas até pessoas que alugavam contas bancárias que recebiam o depósito dos compradores.
"Para funcionar existem outras quatro estruturas: roubadores, documentação, entregadores e lavagem de dinheiro. O executor, a partir das orientações do operador, adquire os veículos dos ladrões, obtém a documentação, coloca os veículos a venda em site de e-commerce, negocia com os interessados e realiza a pré-venda", informou a Polícia Civil. "Cabe aos integrantes do setor de entrega fazer a finalização. Também arrumam as contas correntes de aluguel para realizar os depósitos após as vendas."
As taxas de roubos de veículos em São Paulo estão em queda. No ano passado, foram registrados no estado 615 casos de furto e roubo por 100 mil veículos no estado, menor taxa desde 2001, início da série histórica da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Ainda assim, no entanto, o estado está entre os que registram mais crimes do tipo no país. Ficou em 6º lugar entre as 27 unidades da federação em 2016 (último dado atualizado), segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A capital paulista é a terceira entre as capitais do país, atrás apenas de Porto Alegre e Porto Velho.
O país tem média de um furto ou roubo de veículo por minuto. Foram 557 mil em 2016, crescimento de 8% em relação ao ano anterior, com boa parte dos crimes concentrada nas capitais.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.