'Rio de Janeiro vivia uma metástase', diz Jungmann sobre intervenção

Para ministro da Segurança Pública, operação está tendo sucesso no estado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ministro da Segurança Pública Raul Jungmann durante entrevista em seu gabinete
O ministro da Segurança Pública Raul Jungmann durante entrevista em seu gabinete - Pedro Ladeira 14.Jun.18/Folhapress
Buenos Aires

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (31), em Buenos Aires, que a intervenção militar no Rio de Janeiro está tendo sucesso, ainda que os resultados não sejam visíveis a curto prazo.

"Entendo a angústia das pessoas por soluções mais rápidas, mas isso toma tempo. As pessoas não têm noção do grau de deterioração das forças policiais e até onde havia chegado o crime organizado, a situação era muito grave." E acrescentou: "a crise no Rio havia se transformado numa metástase".

Indagado sobre as críticas do candidato Jair Bolsonaro, no programa "Roda Viva", à intervenção, Jungmann disse que prefere ficar com a "opinião da sociedade do Rio, que segundo as pesquisas são de um apoio de 2/3 da população ao nosso trabalho."

Jungmann veio ao país para fazer acordos de integração entre o Brasil e a Argentina. "O crime organizado internacional hoje está se comunicando por Whats App, enquanto nós ficamos presos a burocracias do Estado".

Entre as medidas acertadas com sua par local, a ministra Patricia Bullrich, está uma conferência quinzenal por videoconferência. "E a ideia é expandir para outros países da região, para integrar inteligência e trocar a bases de dados sobre o crime organizado com mais agilidade". 

A prioridade desse programa conjunto, disse o ministro, "é monitorar melhor as fronteiras com relação ao narcotráfico, e para isso é preciso integrar também países como Bolívia e Paraguai".

O ministro elogiou a iniciativa argentina de enviar seu Exército para monitorar as fronteiras, ação que vem sendo criticada internamente. "Para nós, é como música para os ouvidos, porque nossa fronteira é muito grande e não há como monitora-la devidamente sem o apoio das Forças Armadas."

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.