Entenda como alugar a bicicleta amarela e onde deixá-la em SP

Saiba como funciona, quanto custa e quais vantagens e dicas de segurança

São Paulo

No início de agosto, 500 bicicletas amarelas apareceram espalhadas nas ruas da capital paulista: as chamadas Yellow. Sem estações fixas, o modelo inicialmente permitia que usuários deixassem a bike em qualquer lugar. A partir de 1º de outubro, porém, o aplicativo vai cobrar taxa de quem deixar a bike em locais fora de um perímetro definido.

Em setembro, havia 2.000 bikes da empresa. Até novembro deste ano, a Yellow responsável pretende disponibilizar 20 mil bicicletas livres na cidade. 

Abaixo, tire suas dúvidas sobre o novo modelo de transporte compartilhado.

Como usar?

É preciso instalar o aplicativo (disponível para Android e IOS) e criar uma conta. A partir daí, é possível achar uma bicicleta pela rua ou procurar no mapa virtual, que, através de GPS, mostra a localização da mais próxima. O sistema de QR code do celular destrava o cadeado (fixado na roda traseira). ​

Onde encontrar?

As bicicletas disponíveis na cidade de São Paulo estão concentradas em áreas nobres da zona oeste, como os bairros de Itaim Bibi, Vila Olímpia e Pinheiros.

Elas são encontradas principalmente no entorno das ciclovias do chamado centro financeiro da cidade, na baixa do rio Pinheiros —onde se concentram ciclistas de maior poder aquisitivo. No mapa do aplicativo é possível perceber um deserto da novidade sobre duas rodas nas regiões norte, sul e no centro.

Quanto custa para alugar?

O valor de aluguel da Yellow é de R$1 a cada 15 minutos de viagem. Para destravar uma bicicleta, é preciso inserir créditos na conta pelo aplicativo em pacotes de R$ 5, R$ 10, R$ 20 e R$ 40. O saldo tem validade de dois meses e o sistema só aceita cartão de crédito.

Como encerra a viagem? 

Ao acabar o percurso, basta deixar a bicicleta encostada em qualquer lugar onde é permitido e gratuito estacionar veículos em geral —e que não atrapalhe a circulação de pessoas. Ou seja, na rua, e nunca em: calçadas, faixas de pedestres, vagas especiais, saídas de garagens, zona azul. Pode ser também em bolsões de bicicleta e paraciclos públicos (os com arcos amarelos de metal).

Aí, é preciso travar de novo a tranca integrada à roda traseira. Em seguida, o aplicativo recebe um resumo da viagem. Caso esqueça de travar manualmente a bike, o sistema continuará debitando o valor dos minutos.

A partir de 1º de outubro, o aplicativo irá cobrar uma taxa de R$ 30 de quem estacionar a bicicleta fora de um perímetro pré-definido, que inclui basicamente bairros nobres da zona oeste e sul. No mapa abaixo é possível conferir a área permitida.

Como é o sistema de segurança?

Para evitar furtos e vandalismo, cada bicicleta possui rastreamento de GPS por chip instalado em locais diferentes. Quando há tentativa de mover a bicicleta após ter sido travada, um alarme apita. Além disso, os componentes foram pensados para dificultar o reaproveitamento das peças, e, nos pontos com maior concentração de usuários, 70 funcionários pedalam para detectar irregularidades.

Quais são as vantagens?

A chegada da Yellow estimula o uso da bicicleta como meio de transporte na cidade e tem a grande vantagem em relação aos concorrentes de poder ser deixada em qualquer lugar, desde que dentro do perímetro definido pela empresa. O preço cobrado por uma hora de uso é o mesmo da tarifa do transporte público.

Quais são as desvantagens?

Sem muitos recursos, como sistema de marchas, essas bicicletas exigem esforço de ciclistas sem condicionamento e não são indicadas para subir ladeiras —onde elas se mostram lentas. A proposta é de ser uma bike para deslocamentos curtos, de 1 a 2 km, em conjunto com outros meios de transporte ou partes a pé de trajetos. 

Há ocasiões em que o aplicativo indica a presença de uma bicicleta em ponto onde não está mais estacionada. Além disso, há o risco de ter o celular roubado na rua enquanto procura por uma bicicleta no aplicativo.

A disponibilidade das bikes ainda é concentrada em poucos bairros, a maioria na zona oeste. A decisão da empresa de cobrar uma multa pelo estacionamento fora da área pré-determinada também prejudica o uso por usuários de outras zonas da cidade.

No momento a Yellow também só permite a compra de saldo com cartão de crédito —em breve, possibilitará o pagamento no débito.

Uma das condições para que a empresa opere na capital é a liberação da bicicleta com Bilhete Único, possibilidade que, na época em que foi anunciada, a empresa prometeu ter —e as demais concorrentes já oferecem.

Outras opções

Além de aumentar a frota de bicicletas, a Yellow Soluções de Mobilidade anunciou que pretende disponibilizar 1.000 patinetes elétricos até o final do ano. No momento, os equipamentos estão em teste em estações privadas.

Outra empresa, a startup Scoo, já está testando 20 unidades de patinetes elétricos na capital paulista. Eles estão sendo disponibilizados gratuitamente, com capacetes, na rua Haddock Lobo (zona oeste), na avenida Brigadeiro Faria Lima (zona oeste) e no parque Ibirapuera (zona sul). 

Após 1º de setembro, as estações farão a locação de cem patinetes. Por aplicativo, o usuário fará a leitura do QR Code na patinete, que é desbloqueada. O período mínimo de uso é de quatro minutos e será cobrada a tarifa de R$ 1. A partir de então o custo será de R$ 0,25 por minuto. O veículo atinge até 25 km por hora e deve circular em ciclovias.

Para quem curte duas rodas, o Bike Sampa, patrocinado pelo banco Itaú, já tem 2.600 bicicletas em São Paulo —mas exige que elas sejam estacionadas em uma das 60 estações pela cidade. 

Para pedalar, é preciso pagar R$ 8 no plano diário, R$ 15 no plano para três dias, R$ 20 no plano mensal ou R$ 160 no plano anual —com cartão de crédito ou Bilhete Único. A compra pode ser feita diretamente na estação com auto atendimento, no site ou no aplicativo.

Durante o período do plano, é possível fazer ilimitadas viagens de até 60 min. Se quiser pedalar por mais tempo, será cobrado um valor adicional de R$ 5,00 por hora. Para não ser cobrado, é preciso fazer um intervalo de 15 minutos a cada viagem.

A bicicleta tem que ser devolvida em uma estação próxima ao destino final.

Há ainda o Ciclosampa, do banco Bradesco, com 17 estações nas regiões da Paulista, zona oeste e zona sul. Nesses locais, os usuários cadastrados no site poderão retirar as bicicletas gratuitamente num "totem" automatizado e utilizá-las por até 30 minutos. 

Depois desse tempo, a cobrança de R$ 5 a cada período de meia hora é feita por cartão de crédito —para não ser cobrado, é possível devolver a bike, esperar sete minutos e pegar novamente. 

Para achar as vermelhinhas, além do site, tem o aplicativo para IOS e uma central de atendimento. Também é preciso deixá-las em uma das estações depois de usar.

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