Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Justiça decreta prisão de ex-marido de mulher morta na frente do filho no RJ

Karina Garofalo foi baleada e morreu na hora; primo do marido é suspeito de efetuar o disparo

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Lucas Borges Teixeira
São Paulo | UOL

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta quinta-feira (16) a prisão temporária de 30 dias do ex-marido da corretora de imóveis Karina Garofalo, de 44 anos, morta a tiros na frente do filho na zona oeste da capital carioca. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital, Pedro Paulo Barros Pereira é suspeito de envolvimento no crime.

Karina Garofalo foi morta a tiros na última quinta-feira (15), no Rio de Janeiro
Karina Garofalo, 44, foi morta a tiros na última quinta-feira (15), no Rio de Janeiro - Arquivo Pessoal

O crime aconteceu na tarde da última quarta-feira (15). Karina foi baleada logo após sair de casa, a pé, na Barra da Tijuca, acompanhada do filho de 11 anos, que não se feriu. Nada foi levado. O criminoso, encapuzado, desceu de um veículo Renault preto, atirou e conseguiu fugir. A corretora morreu na hora.

Agora, a Polícia Civil também procura pelo primo do ex-marido, Paulo Maurício Barros Pereira, suspeito de ser quem atirou em Karina e foi flagrado por uma câmera de segurança da região. Contra ele também há um mandado de prisão.

Nas imagens que circulam pelas redes sociais, o homem desce do carro, aborda a mulher e dispara. Depois corre para o veículo, parado no meio da rua, e foge. 

De acordo com o delegado André Barbosa, o próprio filho do casal reconheceu o primo do pai e gritou no depoimento: "Papai mandou matar mamãe", segundo informações do jornal O Globo.

O delegado disse que o depoimento do menino foi "assustador". Ele deu detalhes da ação e reconheceu imediatamente Paulo Maurício. "O menino joga muito vídeo game e soube descrever com detalhes a arma do crime. Ele sabia inclusive que se tratava de um silenciador que estava acoplado à pistola", afirmou Barbosa.

A polícia já sabe que Karina e Pedro Paulo brigavam na Justiça por uma herança de mais de R$ 3 milhões. Outra possível motivação investigada é que Pedro pode ter se irritado com a felicidade de Karina, que estava morando com novo companheiro havia quatro meses —o ex-marido não aceitava o fim do casamento. 

"O crime guarda todos os qualificadores de um feminicídio. E as investigações apontam pelo menos para um homicídio triplamente qualificado. Por ser mulher, motivo torpe e sem possibilidade de defesa", disse o delegado ao O Globo.

De acordo com o TJ, o pedido de prisão foi tomado a partir do argumento de que os investigados poderiam ocultar provas em liberdade. "A medida também se impõe para propiciar o desenvolvimento das investigações inquisitoriais", justifica o órgão no documento.

Em uma busca na manhã desta quinta, a polícia encontrou a arma que teria efetuado os disparos dentro de um saco amarelo em um terreno perto do local do crime. O objeto estava acompanhado de um silenciador e de outro revólver. 

As duas armas estavam carregadas e não tinham as numerações raspadas. Os investigadores estão agora tentando identificar o proprietário. O veículo usado na fuga também foi apreendido e periciado.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. A defesa dos suspeitos não foi localizada.

Colaborou São Paulo

Erramos: o texto foi alterado

O filho de Karina Garofalo tem 11 anos, não 13, como foi incorretamente informado na reportagem. O texto foi corrigido

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