Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Seis suspeitos morrem após perseguição policial perto da ponte Rio-Niterói

Criminosos teriam feito arrastão na região e foram interceptados pela polícia

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Um dos carros usados pelos suspeitos ficou com marcas de balas
Um dos carros usados pelos suspeitos ficou com marcas de balas - Reprodução/TV Globo
Marcela Lemos
Rio de Janeiro | UOL

Uma perseguição seguida de tiroteio deixou seis suspeitos mortos na manhã desta segunda-feira (20), segundo a polícia. O caso ocorreu no sentido Rio da alameda São Boaventura, em Niterói, já no acesso à ponte Rio-Niterói, uma das principais vias para a capital fluminense.

Segundo assessoria de imprensa da Polícia Militar, quatro suspeitos morreram no local. Outros dois chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.

De acordo com o 12º BPM (Batalhão da Polícia Militar), um policial militar ficou ferido na perna e foi levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima. Segundo a corporação, ele passa bem.

Ainda de acordo com o 12º BPM, o grupo de criminosos deixou um baile funk em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, com destino ao Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense. No trajeto, os suspeitos teriam feito um arrastão e foram interceptados pela polícia.

O Exército, porém, deu outra versão. Em São Gonçalo, militares do Exército fazem uma ação no Complexo do Jardim Catarina, no âmbito da intervenção federal, desde as 4h.

Segundo o coronel Carlos Frederico Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), a fuga dos criminosos tem relação com a operação realizada na região. "Fugiram da ação das patrulhas do Exército e caíram na área patrulhada pela PM que os perseguiu", disse.

O confronto começou no acesso à ponte. Quatro pistolas e quatro fuzis foram apreendidos com os suspeitos, segundo a polícia. Os dois carros utilizados pelos criminosos estão no local com marcas de tiros.

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo foi acionada para realizar perícia no local.

A concessionária Ecoponte, que administra a via, fechou o acesso à ponte para o motorista que sai da região do Fonseca. Um desvio foi feito pelo bairro do Barreto.

A intervenção federal na segurança do Rio completou seis meses na quinta-feira (16). A medida anunciada em fevereiro pelo presidente Michel Temer (MDB) ainda não conseguiu reduzir os homicídios, acumula o maior índice de mortes por policiais desde 2008 e tem retirado menos armas das ruas.

Desde que chegaram ao Rio, os representantes do governo federal também intensificaram as operações em favelas, sem comprar ainda os materiais prometidos às polícias com o R$ 1,2 bilhão liberado pelo Palácio do Planalto. Por outro lado, conseguiram reduzir os roubos de carga e de rua, e doações emergenciais de equipamentos.

Com a intervenção, na prática, as polícias, os bombeiros e o sistema penitenciário estão sob o comando federal, que nomeou interventor o general Walter Souza Braga Netto, do Exército. A medida ocorre paralelamente a uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada por Temer em julho de 2017, que dá poder de polícia às Forças Armadas no estado também até o fim do ano.

A medida também foi decretada (às pressas e sem um plano pronto) logo depois do Carnaval, quando cenas de roubos em áreas nobres foram amplamente divulgadas pela imprensa e aumentaram a percepção de insegurança e vácuo no governo do estado.

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