Alunos fazem campanha para reunir imagens do Museu Nacional

Grupo pretende catalogar fotos e vídeos para resgatar memória de acervo

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São Paulo

Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) lançou nesta segunda-feira (3) uma campanha para reunir fotos, vídeos e outros registros do Museu Nacional, destruído por um incêndio na noite do domingo (2).

Os alunos pretendem resgatar a memória do local, que completou 200 anos e reunia um acervo de mais de 20 milhões de itens catalogados.

Luana dos Santos, que cursa o quarto período de museologia, diz que os alunos se sensibilizaram diante da tragédia que atingiu o museu e resolveram arrecadar os registros. Segundo ela, o objetivo é preservar o que restou dessa história e oferecer auxílio ao museu no processo de reconstrução.

"Estamos aguardando e recebendo as fotos para com calma, em conjunto com o museu, definir uma forma de disponibilizar esse material no futuro, seja por meio de um museu virtual, por um espaço de memória ou qualquer outro projeto viável para que não se perca a memória que sobrou", disse.

Muitas pessoas estão contribuindo na ação e compartilhando nas redes sociais a solicitação dos registros.

Ainda não se sabe ao certo quantas pessoas já colaboraram, mas há uma estimativa de que centenas de imagens já foram encaminhadas ao grupo. Muitas pessoas têm compartilhado registros de visitas e pesquisas no museu nas próprias redes sociais. 

Para quem quiser ajudar na iniciativa dos estudantes de museologia da Unirio, os emails de contato são: thg.museo@gmail.com; lusantosmuseo@gmail.com; e isabeladfrreitas@gmail.com.

Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção.

A instituição está instalada em um palacete imperial e foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto.

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