Descrição de chapéu Rio de Janeiro

PF vai comandar investigação sobre incêndio no Museu Nacional, diz ministro

Titular da Segurança disse que ação de combate ao fogo também será investigada

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Brasília

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira (3) em Brasília que a Polícia Federal investiga, além das causas do incêndio que destruiu o Museu Nacional, aspectos ligados ao combate ao fogo.

Ele afirmou que policiais federais do Rio estão trabalhando “para ver as razões do incêndio como também o fato de que não se conseguiu a tempo evitar que tudo aquilo fosse destruído”.

O palacete imperial de 200 anos foi atingido por chamas na noite deste domingo (2). A origem do incêndio ainda é desconhecida.

​Jungmann falou aos jornalistas após uma palestra em seminário conduzido pelo Conselho de Justiça Federal sobre presídios federais. Ele disse que não havia recebido nenhuma informação do diretor-geral da PF, Rogério Galloro, sobre possível queda de um balão sobre o prédio.

“Não dá para dizer nada até agora. Até eu chegar aqui [no Conselho], não tinha indicativo de que se soubesse de alguma autoria ou se tivesse algum tipo de pista [sobre as causas]”, afirmou Jungmann.

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, havia afirmado que essa poderia ser a causa do incêndio, com base em depoimentos de que o fogo teria começado de cima para baixo

Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces descascadas e fios elétricos expostos.

A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em junho —foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto.

O ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, afirmou mais cedo que conversou na manhã desta segunda com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, sobre a atuação no local. Segundo ele, a investigação ficará com a PF por se tratar de um prédio federal.

De acordo com Silva, equipes da Polícia Federal do Rio e especialistas de Brasília já estão no local. Ele ponderou que uma perícia mais aprofundada só será possível após o encerramento dos trabalhos do Corpo de Bombeiros.

“A coordenação de todo o processo de investigação e perícia é da Polícia Federal. Se [a PF] precisar de suporte, vai pedir às autoridades locais”, disse.

O ministro afirmou ainda que o governo está em contato com o Congresso para que eventuais recursos para a reconstrução do museu possam ser incluídos no projeto do Orçamento do ano que vem.

Questionado sobre a responsabilidade pela situação do museu, Silva buscou minimizar o papel do atual governo.

“A responsabilidade é do governo federal, é da universidade, é da sociedade, mas não é exclusiva de agora. Temos repassado recursos para a universidade”, disse.

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