Ciclopassarela na marginal Pinheiros tem placas de proteção furtadas

Impasse entre CPTM e secretaria municipal atrasa a manutenção em São Paulo

Bianka Vieira
São Paulo

Pedalar na ciclopassarela que liga o Parque do Povo, no Itaim Bibi, à ciclovia no outro lado do rio Pinheiros, em São Paulo, pode se tornar uma aventura não planejada. Parte das placas de ferro que protegem as laterais da via foi furtada deixando os ciclistas expostos a possíveis acidentes.

Os furtos vêm acontecendo há alguns dias, segundo funcionário do local que não quis se identificar. A ciclopassarela serve de passagem para ciclistas e passa por cima da linha férrea da CPTM  (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da marginal Pinheiros.

Ciclopassarela na Marginal Pinheiros tem placas de proteção furtadas
Ciclopassarela na marginal Pinheiros tem placas de proteção furtadas - Eduardo Knapp/Folhapress

O caso ainda não foi esclarecido e não há previsão de reparo. Na terça-feira (16) a CPTM  informou à reportagem que a ciclopassarela pertencia à Prefeitura de São Paulo. A prefeitura, por sua vez, afirmou que o problema estava na alçada da CPTM.

Inaugurada em 2014, a obra foi determinada pela Secretaria Municipal de Transportes à construtura WTorre para minimizar os impactos provocados na região pelo complexo do shopping JK, prédios comerciais e um teatro. Por conta disso, a CPTM atribui a responsabilidade ao órgão municipal.

“Não compete à companhia administrar ou cuidar da manutenção e da segurança do novo equipamento urbano”, informa.

Secretaria Municipal de Prefeituras Regionais informou à Folha que enviaria técnicos ao local para avaliar a reposição das placas. Em novo contato realizado na manhã de quarta-feira (17), a secretaria ainda checava se os trechos da ocorrência eram de seu encargo.

Até a publicação desta reportagem, não houve resposta sobre o reparo.

A ciclopassarela, um viaduto e novos trechos de pista na marginal custaram R$ 97 milhões, segundo informação da WTorre de 2014.

A obra veio na esteira das ciclovias criadas pela gestão de Fernando Haddad (PT). Nos quatro anos anteriores à atual gestão tucana, a prefeitura gastou, ao todo, R$ 114 milhões (em números atualizados) para implantar e manter 400 km de ciclovias. 

Rotas como a ciclopassarela do Parque do Povo incluíram na capital um meio de transporte antes praticamente ignorado, mas houve contestações pela falta de planejamento e de critérios na implantação, principalmente de comerciantes que se sentiram prejudicados pela retirada de vagas de estacionamento.

 
 
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