Explosão em indústria química no interior de SP deixa três mortos

Acidente ocorreu em Charqueada (SP); Cetesb verifica risco de vazamento

Bianka Vieira
São Paulo

Uma indústria de biocombustíveis e substâncias químicas explodiu em Charqueada (SP) na manhã de terça-feira (9). O acidente deixou três mortos e três feridos.

Segundo o corpo de bombeiros de São Pedro, que atende a região, houve explosão de um tanque de solvente que continha peróxido de hidrogênio e óleo de coco. No local, pela manhã, ainda havia um pequeno foco de incêndio.

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi acionada para verificar o risco de vazamento químico e enviou uma equipe ao local. 

Até o final da tarde de terça-feira, a companhia ainda não tinha tido acesso à aérea da explosão, interditada para perícia das mortes ocorridas. Há indicação, no entanto, de deslocamento de massa de ar na entrada do reator.

Ainda segundo a Cetesb, a empresa de biocombustíveis foi multada, na última segunda-feira (8), em R$ 822 mil por lançamento de efluentes diretamente no solo e em R$ 15 mil por emissão de odores.

Tanque de solvente explode em indústria química de Charqueada (SP)
Tanque de solvente explode em indústria química de Charqueada (SP) - Polícia Militar/Divulgação

CASO DE SANTOS

Na segunda-feira (8), outro acidente mobilizou os bombeiros e a Cetesb. Um incêndio em uma marcenaria localizada na região portuária de Santos, no litoral sul de São Paulo, gerou a emissão de gases tóxicos.

Como era desconhecida a existência de produtos químicos no local e devido ao risco de intoxicação que eles podem causar, todos os profissionais que atuaram no combate ao fogo foram encaminhados ao hospital.

De acordo com o capitão Marcos Palumbo, 23 bombeiros, oito policiais militares e cinco guardas portuários seguiram para o Hospital de Clínicas de São Paulo para exames preventivos. Segundo ele, o grupamento decidiu trazer os profissionais para a capital paulista para evitar problemas no atendimento de hospitais da baixada santista, que também precisaram oferecer atendimento a cerca de 60 moradores.

Segundo a Cetesb, tratava-se de fosfina —uma fumaça tóxica gerada a partir da reação química da água em contato com fosfeto de alumínio. Durante a ocorrência em Santos a reação foi causada quando a água usada para apagar o incêndio atingiu o produto armazenado de forma irregular na marcenaria. ​

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