Cecília Conde tinha a música no sangue e no nome. Foi batizada em homenagem a Santa Cecília, a padroeira dos músicos — seu nome significa “a guardiã dos músicos”. Sua mãe foi a cantora Amália Fernandez Conde, e o tio, o compositor Oscar Lorenzo Fernandez, ambos fundadores do Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro.
É impossível separar a história de Cecília do Conservatório. Foi lá que ela se formou em canto e piano, fez carreira como professora e conheceu o futuro marido, o artista plástico argentino Pedro Dominguez.
Como diretora, Cecília criou os cursos de pós-graduação e de musicoterapia. Integrou a Academia Brasileira de Música e recebeu diversos prêmios.
Amigo de longa data, o maestro e compositor Edino Krieger lembra que ela sempre teve a “mão estendida” para ajudar a desenvolver novos talentos.
Acreditava no poder transformador das canções e, por meio do Centro Cultural que leva seu nome, inaugurado em 2014, realizou projetos sociais ligados para moradores de comunidades carentes.
Morreu aos 86 anos, no dia 11 de setembro, após uma parada cardiorrespiratória. Deixa oito sobrinhos.
Em seu velório, realizado na sala de concerto Cecília Meireles, os amigos e parentes se reuniram para cantar uma ciranda de despedida daquela que honrou o nome como guardiã da música.
“Ela adorava as cirandas porque permitem improvisar nos vocais e dançar livremente”, diz o amigo Renildo Salles.
Na próxima quinta-feira (11), às 18h, uma missa de um mês será celebrada em sua homenagem na Capela da Adoração da paróquia Nossa Senhora de Copacabana, no Rio.
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