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PM afasta soldado da rua após vídeo com soco em aluno na saída da escola

Caso ocorreu na Grande SP; defesa do policial não foi localizada para comentar

Luciano Cavenagui
São Paulo | Agora

O policial militar Jailson de Oliveira Lima foi afastado do trabalho nas ruas após um vídeo mostrar ele agredindo um estudante de 15 anos em frente à Escola Estadual Edgard de Moura Bittencourt, em Carapicuíba (Grande São Paulo). A ação foi gravada por colegas do aluno, e o vídeo se espalhou pelas redes sociais. A PM afastou o soldado das ruas.

A agressão ocorreu na quarta-feira (3), por volta das 16h, no horário de saída dos estudantes. Segundo colegas do agredido, no mesmo dia, o estudante que apanhou do PM se desentendeu e deu uma rasteira no filho dele, que estuda na mesma escola. De acordo com as testemunhas, o filho do PM avisou o pai sobre o ocorrido e o policial foi tirar satisfação no horário da saída.

Imagens de um celular mostram o adolescente de 15 anos, que cursa a 9ª série do ensino fundamental, sendo encurralado pelo PM, fardado, em um muro na frente da escola. O policial chegou ao local em um carro particular, ainda de acordo com as testemunhas.

Após uma breve conversa com o garoto, o policial aplica um soco na barriga do aluno e, em seguida, segura seu pescoço. Depois, vai embora.

“A gente não imaginava que o policial fosse dar um soco no nosso amigo, pensei que ia apenas conversar. Foi uma atitude que causou uma revolta geral. Todo mundo achou uma covardia”, conta uma estudante de 15 anos.

“Geralmente a saída da escola costuma ser tranquila, por isso estranhei muito quando teve a confusão. Vi direito o que tinha acontecido quando me mandaram o vídeo”, afirma a técnica em logística Ana Luísa de Souza, 25 anos, que trabalha na rua da escola. O soldado está lotado na 2ª Companhia do 33º Batalhão, que atua em Carapicuíba.

A Polícia Militar, sob gestão Márcio França (PSB), disse que afastou das ruas o policial e instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) no 33º Batalhão para investigar o caso.

A Secretaria Estadual da Educação, também da gestão França, afirmou que os responsáveis pelos estudantes envolvidos foram chamados à escola e que acionou o Conselho Tutelar para acompanhar o caso. A Secretaria de Segurança Pública disse que não foi feito boletim de ocorrência. A defesa do soldado não foi localizada. ​

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