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Polícia flagra plano do traficante Nem para retomar Rocinha com facção de SP

Vídeo mostrou conversa de filha de criminoso preso com chefes do PCC

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Bruno Coelho
São Paulo | Agora

Policiais civis da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), no Rio de Janeiro, descobriram um plano de retomada do controle da favela da Rocinha (zona sul da capital fluminense). A invasão seria comandada pelo traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem, com apoio bélico do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Os agentes descobriram o plano de Nem por meio de um vídeo em que a filha do traficante, Eduarda dos Santos Lopes, conhecida como Duda, 19 anos, conversava com a alta cúpula do PCC, em busca de apoio logístico e bélico. Ela estava acompanhada pelo namorado Adriano Cardoso da Silva, o Modelo, e José Adailton de Lima Silva, traficante de armas.

Mesmo em um presídio de segurança máxima em Porto Velho (Rondônia), Nem segue dando as cartas para recuperar o controle da Rocinha. O presidiário perdeu o comando na favela em setembro do ano passado para o ex-aliado Rogério 157, que passou a comandar o tráfico de drogas no local, dando início em uma guerra entre as facções criminosas.

No vídeo, é possível ver parte do diálogo entre os traficantes paulistas e o grupo de Nem. “Se mandar arma e bala lá, vocês conseguem tomar o morro de volta?”, perguntou um integrante do PCC. Em seguida, Modelo responde: “Nós temos 98 bandidos, certo? [Temos] 98 ‘soldados’ e fora os amigo aqui”.

A Polícia Civil avalia que, com a descoberta do plano, conseguiu evitar por ora uma nova guerra de facções na Rocinha. O DCOD afirmou que, desde os últimos confrontos entre os grupos criminosos, intensificou os serviços de inteligência e investigação sobre as lideranças relacionadas a esse conflito, para impedir um novo derramamento de sangue.

A Justiça decretou a prisão de Duda, Modelo, Silva, além de Joelton Gomes de Souza e Rafael Quatroni de Oliveira, ambos integrantes do PCC. Todos responderão por tráfico e associação às drogas, por emprego de armas de fogo, organização criminosa e comércio ilegal de armas e munições. Eles são considerados foragidos pela polícia. Nem, que segue preso, passará a responder por outros crimes.

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