Câmeras de monitoramento da Guarda Civil Metropolitana flagraram a venda indiscriminada de drogas na cracolândia, no centro de São Paulo, por oito meses.
As imagens serviram como prova para a realização de uma operação conjunta das forças de segurança contra o tráfico de drogas no local na manhã desta quarta-feira (28).
As imagens mostram traficantes sob lonas improvisadas, as chamadas “bancas de droga”, manipulando entorpecentes —principalmente pedras de crack— sem nenhum incômodo em meio ao fluxo (área de concentração de dependentes químicos).
Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária contra suspeitos de vender pedras de crack e sete mandados de busca e apreensão em sete pequenos hotéis no entorno da cracolândia. A suspeita é que os estabelecimentos sejam utilizados pelo tráfico como entreposto da droga.
Dos 12 suspeitos procurados, três foram presos na operação —sendo uma mulher e dois homens. Os nomes de dois deles constavam na lista de suspeitos procurados por mandado. O terceiro envolvido acabou preso após ser flagrado com um celular furtado, além de tentar subornar com R$ 900 um grupo de guardas-civis.
Um quarto suspeito, também integrante da lista, foi preso no final da tarde desta quarta por uma equipe da Polícia Militar em uma rua próxima à cracolândia.
Também foram apreendidos sete quilos de maconha e uma pequena quantidade de crack e cocaína, e mais R$ 1.200 em espécie com um dos suspeitos.
Segundo o delegado Wagner Carrasco, não houve registro de enfrentamentos entre os policiais e os usuários de drogas na cracolândia. “Os mandados estão sendo cumpridos tranquilamente”, disse.
Participaram da operação cerca de 300 homens da Polícia Civil (Denarc), da Políci a Militar e, ainda, equipes de operações especiais da Guarda Civil Metropolitana, com a utilização do canil.
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