Jovem é assassinado com seis tiros em festa na Universidade de Brasília

Crime ocorreu depois de briga; quatro homens confessaram autoria

Imagem mostra alunos no campus principal da UnB
Campus da Universidade de Brasília - Renato Costa/Folhapress
Brasília

Uma festa promovida na madrugada de sexta-feira (2) na UnB (Universidade de Brasília) terminou com a morte de um jovem de 19 anos. Renan Rafael da Silva foi assassinado com seis tiros após uma briga no estacionamento da Faculdade de Direito.

Os quatro envolvidos no crime, com idades entre 19 e 22 anos, foram presos pela Polícia Civil. Eles confessaram a autoria e serão indiciados por homicídio doloso –quando há intenção de matar. Nenhum deles, nem mesmo a vítima, era estudante da universidade.

"Houve um desentendimento de um dos autores com a vítima. O autor se sentiu menosprezado e combinou com três amigos de buscarem um revólver e executarem o crime", disse o delegado titular da 2ª DP, Laércio Rossetto.

Autor dos disparos, Daniel Cordeiro de Melo, 19, conseguiu a arma na casa da avó e retornou à festa com os três amigos. Um deles permaneceu em um veículo, para a fuga após o assassinato.

Ao todo, Renan foi atingido por seis disparos, dois deles na região da cabeça, enquanto estava no chão. Além dos tiros, a vítima levou chutes.

Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. “Foi um crime bem violento”, resumiu o delegado, segundo o qual as câmeras de segurança do campus registraram o fato.

Os quatro suspeitos fugiram do local e combinaram de se esconder em locais diferentes, mas foram localizados e detidos pela Polícia Civil em menos de 24 horas. O autor dos disparos, quando parado por uma viatura policial, tentou escapar novamente, mas acabou capturado.

Segundo o delegado, a arma do crime tem a numeração raspada e foi enviada para análise.

Em nota, a UnB informou que está acompanhando a investigação e que forneceu material do circuito interno de câmeras de segurança. A equipe de vigilantes e servidores responsável pela segurança é de uma empresa terceirizada. 

A instituição também esclareceu que está investindo na instalação de 350 novas câmeras, além de alterar a estratégia de rondas. Ponderou ainda que há desafio adicional pelo fato de o campus ser totalmente aberto e integrado à cidade.

A Polícia Militar também tem um posto de serviço no campus, próximo ao local onde ocorreu o assassinato.

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