O futebol sempre foi uma das grandes paixões de Elias Molinari. O jovem de Botuverá (a 68 km de Florianópolis) não perdia um jogo na TV e comentava os resultados. Dedicava seu tempo livre a treinar as habilidades em campo, o que era visível nas competições dos times amadores dos quais participou.
O catarinense começou desde cedo a se interessar pelo esporte e tentou ingressar em times profissionais. Não conseguiu, mas também nunca desistiu.
"Quando ele viu que não daria para seguir carreira no esporte, trilhou caminho no futebol amador e se destacou como zagueiro", diz a namorada, Natasha.
O casal estava junto havia cinco anos. Os dois conversaram pela primeira vez quando ele a tirou para dançar num baile em Blumenau, onde ele vivia desde os dois anos, mas a troca de olhares e a vontade de se conhecer vinham de longa data, pelas ruas do bairro onde moravam.
Muito pé no chão, Molinari não gostava de fazer dívidas. No ano passado, no entanto, tomou a decisão de comprar uma casa com a namorada. Os dois estavam reformando o local para se mudar em 2019.
Mas os planos do atleta foram interrompidos no início deste ano, quando ele recebeu o diagnóstico de um câncer no estômago. Em pleno campeonato, precisou se ausentar dos campos para o tratamento, mas fez questão de assistir os colegas do Vera Cruz na final. Na ocasião, todos os jogadores entraram em campo com a cabeça raspada em sua homenagem e dedicaram a ele o troféu que conquistaram com seu apoio.
Elias morreu no dia 10 de novembro, aos 33 anos. Em seu velório, realizado no campo de futebol onde marcara tantos gols, mais de mil pessoas foram se despedir do jogador. Deixa a namorada, os pais e quatro irmãos.
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