O avião monomotor que caiu na tarde desta sexta (30) no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo, matando duas pessoas e ferindo outras 11, foi retirado dos escombros na manhã deste sábado (1).
A remoção do Cessna 210 ocorreu depois dos trabalhos da perícia que vão tentar identificar as causas do acidente.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que três imóveis foram interditados – os números 259 e 261 (mesma casa), 269 e 273. A interdição será mantida até nova avaliação. A Eletropaulo também foi chamada para religar energia e equipes de limpeza foram acionadas.
O avião havia acabado de decolar do aeroporto do Campo de Marte quando perdeu controle e caiu em um bairro residencial, na rua Antonio Nascimento Moura, ao lado da avenida Braz Leme, ligação entre o bairro e o centro de São Paulo.
Ao menos quatro casas foram atingidas e sete veículos foram danificados após o querosene que vazou da aeronave fazer um rastro de chamas pela rua que quase chegou a um posto de gasolina.
Os dois ocupantes da aeronave morreram, os pilotos Leonardo Kazuhiro Imamura, 43, e Guilherme Peixoto Murback, 26.
O avião havia decolado às 15h55 em direção a Jundiaí (interior de SP). Ele tinha certificado válido até dezembro de 2022.
Uma criança de oito anos, um dos 11 feridos, deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na manhã deste sábado (1º), segundo a assessoria de imprensa do Hospital Samaritano, para onde foi encaminhada.
Na sexta-feira, a vítima foi levada à unidade de atendimento com lesões causadas por queimaduras, segundo boletim médico.
Outros três feridos foram encaminhados para o Hospital Geral de Vila Penteado e uma para o Hospital Municipal do Tatuapé – o estado de saúde não foi divulgado. Outra vítima, que também estava no Hospital do Tatuapé, foi atendida e liberada ainda na sexta-feira.
Com esta queda, são oito as mortes em acidentes deste modelo de aeronave em 2018, segundo o Centro de Investigação de Acidentes da Força Aérea Brasileira (Cenipa). O Brasil teve um acidente aéreo a cada dois dias, em média, nos últimos dez anos.
De prefixo PR-JEE, o avião acidentado era privado, de propriedade de Fernando Matarazzo, e foi fabricado em 1980. Matarazzo não estava no voo.
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