Um adolescente de 12 anos morreu após o carro em que estava cair da balsa na noite desta quinta-feira (27) em Bertioga, no litoral de São Paulo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 19h40 um carro branco com o menino e mais o avô dele, que estava na direção, atravessou a embarcação que faria a travessia da cidade para Guarujá.
O veículo, segundo relatos de testemunhas aos bombeiros, foi o segundo a entrar na balsa e, em vez de parar ao término do convés, seguiu adiante, caindo no mar.
O motorista do veículo, um compacto da Chevrolet, era um idoso de 77 anos. Ele conseguiu sair do carro após a queda, foi socorrido e encaminhado em estado de choque ao pronto-socorro. Equipes de mergulhadores dos bombeiros fizeram buscas no local e encontraram o veículo e o corpo do garoto.
Responsável pela travessia, a Dersa, empresa ligada à gestão Márcio França (PSB), ainda não se pronunciou sobre o acidente. A travessia do trecho Guarujá-Bertioga chegou a ser interrompida para os trabalhos de perícia da Polícia Civil, mas já foi retomada na manhã desta sexta (28).
Em outubro, a empresa pública entregou uma embarcação para Bertioga "totalmente recuperada", ao investimento de R$ 1,5 milhão —não se sabe ainda se esta foi a mesma em que ocorreu o acidente desta quinta-feira. Também não é possível dizer se houve alguma falha de segurança da balsa.
Segundo a Dersa, todas as 34 embarcações da frota ao longo dos oito pontos operados no litoral paulista cumprem um cronograma de manutenção preventiva e são certificadas para operarem em perfeitas condições de funcionamento.
Em 2018, foram investidos R$ 23,3 milhões para reforma e modernização das embarcações e na aquisição de equipamentos. A previsão é que em 2019 as travessias litorâneas recebam R$ 54 milhões da Dersa.
O trecho mais popular durante a temporada é São Sebastião-Ilhabela, com histórico de problemas de manutenção, balsas indisponíveis e atrasos. Com frequência, o tempo de espera para o embarque supera as três horas.
Tradicionalmente cheio, o trecho Santos-Guarujá também tem registro de transtornos. Em 2016, as sete embarcações que faziam a travessia apresentaram problemas.
No mesmo ano, na Guarujá-Bertioga, em que ocorreu o acidente desta quinta-feira, a travessia ficou um dia todo sem balsa para o percurso, de 600 metros.
O mau tempo eventualmente também interrompe o serviço, que ao longo da costa paulista recebe uma média diária de 22 mil pedestres, 22 mil veículos, 10 mil bicicletas e 9.000 mil motos, segundo a Dersa.
No último feriado prolongado, entre 14 e 20 de novembro, 8.967 veículos passaram pelo trecho Guarujá-Bertioga, com 750 viagens.
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