O primeiro nascimento da maternidade da Santa Casa de Monte Alto (a 370 km de São Paulo) aconteceu no dia 27 de dezembro de 1924. Pelas mãos da Madre Assunta Marchetti, Isabel Toninato Zaniboni chegou ao mundo.
Isabel, batizada assim por sugestão da freira, inspirada na santa de mesmo nome, não chegou a encontrar a Madre depois desse dia. Mas, cresceu ouvindo histórias sobre ela e seu trabalho, pelas outras Irmãs da Santa Casa.
Co-fundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu ou Scalabrinianas, Madre Assunta chegou ao Brasil em 1895, junto com seu irmão, Padre José Marchetti, para cuidar dos órfãos de imigrantes italianos. Aqui ficou até sua morte, em 1948.
Em 2014, depois de 28 anos de processo, Madre Assunta foi beatificada. O Papa Francisco reconheceu um milagre de cura, atribuído a ela, que teria ocorrido com um paciente cardíaco, em Porto Alegre, em 1994. Na casa de Isabel, porém, as orações em seu nome vinham de muito antes.
Enquanto a Madre seguiu seu trabalho em São Paulo, Isabel fez uma vida em Monte Alto. Morou por anos em um sítio na zona rural da cidade, onde criou os três filhos que teve com Elecio e passava o tempo fazendo costuras e crochês.
Como mãe, Isabel foi uma educadora de primeira. Era exigente com os filhos, queria que as tarefas bem feitas e ensinava respeito ao próximo sempre. A mesma forma como ela e o marido agiam, segundo o filho Lúcio.
Ele conta ainda que a mãe tinha orgulho de ter sido a primeira criança da Santa Casa local. “Ela achava chique, gostava sim. Hoje, tem até um apartamento lá em nome dela, que a gente doou.”
Aos 93 anos, no dia 2 de dezembro, Isabel teve uma parada respiratória e morreu. Ela deixou três filhos, duas noras, cinco netos e seis bisnetos.
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