Descrição de chapéu Tragédia em Brumadinho

Bolsonaro assina decreto que cria conselho e comitê para crise de Brumadinho

Grupo emergencial será chefiado pelo ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta sexta-feira (25) um decreto que cria um conselho e um comitê para monitorar os desdobramentos do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG).

O texto foi publicado em edição extra do (DOU) Diário Oficial da União. 

O conselho será composto por dez ministros e será chefiado por Onyx Lorenzoni (Casa Civil). O órgão terá como objetivo "acompanhar e fiscalizar as atividades a serem executadas em decorrência da ruptura da barragem do Córrego Feijão, em Brumadinho (MG). 

No mesmo decreto, foi criado ainda um comitê de gestão e avaliação de respostas a desastre, que fará reuniões semanais e contará com representantes dos mesmos dez ministérios. 

O objetivo do comitê será "acompanhar as ações de socorro, de assistência, de reestabelecimento de serviços essenciais afetados, de recuperação de ecossistemas e de reconstrução decorrentes do desastre", diz o texto.

Bolsonaro viaja na manhã de sábado a Minas Gerais, onde deve sobrevoar a região atingida, em Brumadinho, além de um encontro com autoridades locais, como o governador Romeu Zema, em Belo Horizonte.

O governo ainda avalia a possibilidade de que seja decretado um estado de emergência no estado, o que dependeria de pedido de Minas. Essa medida, usada em 2015 com o desastre de Mariana, facilita ajudas financeiras ao estado. 

O DESASTRE

Uma barragem da mineradora Vale se rompeu e outra transbordou nesta sexta-feira (25) em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte, liberando cerca de 13 milhões de m³ de rejeitos da produção de minério de ferro no rio Paraopeba, que passa pela região.

Segundo números divulgados pelo Governo de Minas Gerais, até as 20h30 haviam sido encontrados sete corpos, ainda não identificados. No total, 427 funcionários ligados à Vale estavam na região, sendo que 279 foram resgatados vivos e cerca de 150 continuavam desaparecidos.

Entre as pessoas resgatadas, nove foram retiradas da lama e cerca de cem estavam ilhadas. Os rejeitos atingiram um refeitório e um prédio administrativo da empresa, que ficaram soterrados pela lama. Eles ficam no interior do complexo da mina Córrego do Feijão, na zona rural de Brumadinho. A barragem B1, que se rompeu, é uma estrutura de porte médio para contenção de rejeitos e estava há três anos em processo de desativação.

Outras 2.000 pessoas ficaram sem energia na região e a Copasa (companhia que gere o abastecimento de água em Minas) interrompeu a captação de água no rio Paraopeba no final da tarde, mas informou que não há risco de desabastecimento porque a população atendida receberá água de outras represas.

Um número 0800 para envio de informações sobre pessoas desaparecidas na região ainda será criado. Siga a cobertura em tempo real.

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