Criminosos voltaram a provocar ataques, como incêndios e explosão de bomba, em cidades do Ceará na madrugada desta quinta-feira (10), 9° dia de atentados registrados no estado. Pelo menos três ataques foram confirmados nesta madrugada. Ao todo, 277 pessoas já foram presas desde a quinta-feira (3).
Uma bomba explodiu no viaduto do metrô de Fortaleza, em Parangaba. O artefato deixou um buraco na parte de baixo da obra. O barulho da explosão foi ouvido por dezenas de moradores do entorno.
Na manhã desta quinta, engenheiros e técnicos fazem vistoria e reparos no local. A linha chegou a ter o funcionamento paralisado, mas os trens já voltaram a circular.
Ainda na madrugada, criminosos atacaram um CRAS (Centro Referência em Assistência Social) no Conjunto Palmeiras, na capital. O local teve cadeiras queimadas.
Na cidade de Forquilha, homens invadiram o estacionamento da prefeitura e queimaram um ônibus e cinco carros no local. Os veículos foram destruídos.
Na noite dessa quarta-feira (9), criminosos atacaram e tocaram fogo em um ônibus que estava parado no bairro Jardim Fluminense, em Fortaleza. O veículo foi destruído.
Ao todo, 406 homens da Força Nacional de Segurança estão no Ceará ajudando no patrulhamento das ruas. Há também policiais cedidos pelos estados de Bahia, Pernambuco, Piauí e Santa Catarina.
Nesta quarta, o governo estadual transferiu 21 presos considerados líderes de facções no estado para presídios federais após autorização do ministro da Justiça, Sérgio Moro.
"Houve redução significativa das ações criminosas na capital e interior, mas o trabalho dos nossos profissionais de segurança seguirá no mesmo ritmo para garantir a ordem e proteger a nossa população", escreveu o governador Camilo Santana (PT) em uma rede social.
DADOS DA VIOLÊNCIA
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança, o Ceará foi, em 2017, o terceiro estado do país com mais mortes violentas. A taxa foi de 59,1 mortos a cada 100 mil habitantes. À frente do estado estiveram apenas Rio Grande do Norte (68) e Acre (63,9).
Em 2018, segundo dados divulgados pelo estado, houve queda de 10,5% na taxa de homicídios entre janeiro e novembro de 2018, comparado com 2017.
Mesmo assim, no ano passado ocorreu a maior chacina da história do Ceará, com 14 mortos durante uma festa na periferia de Fortaleza, em janeiro, e a morte de seis reféns após ação policial para evitar assalto a dois bancos em Milagres, no interior, em dezembro.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.