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Família de bolivianos é encontrada morta na Grande São Paulo

Casal e filho, de 8 anos, foram encontrados dentro de sacos em Itaquaquecetuba; cunhado é principal suspeito

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São Paulo | Agora

Os corpos de um casal de bolivianos e o filho deles, de 8 anos, foram encontrados esquartejados, dentro de sacos plásticos e de uma caixa, por volta das 23h desta terça-feira (8) em Itaquaquecetuba (Grande SP). 

A Justiça decretou na noite desta quarta (9) a prisão de Gustavo Santos Vargas Arias, 36 anos, cunhado das vítimas, apontado pela polícia como principal suspeito do crime. Outras duas pessoas estão presas, suspeitas de envolvimento no crime. ​

O casal Jesus Reynaldo Condori, 39 anos, e Irma Morante Sanizo, 38 anos, estava desaparecido desde 23 de dezembro. Neste dia, o filho deles, Gian Abner Morante Condori, estava na casa de um amigo de Vargas. “No fim do dia, a criança pediu para voltar para a casa dos pais. Como eles não estavam, o amigo deixou o menino com Gustavo [Vargas].

A mulher do Gustavo viu ele e o menino pela última vez no dia 24”, disse o delegado Eliardo Amoroso Jordão. Vargas é considerado foragido, e a polícia brasileira vai avisar a Interpol sobre o sumiço dele.

Um boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado. Segundo o documento, a casa das vítimas já estava vazia em 23 de dezembro. A família tinha uma confecção na zona leste da capital, onde morava.

Os corpos foram encontrados após uma denúncia à Polícia Militar. Parte deles estava embalada com sacos pretos de lixo, dentro de três malas, e o restante em uma caixa. A casa, na rua Serra Formosa, havia sido alugada por Vargas no dia 26 de dezembro.

“No dia seguinte, Gustavo foi ao imóvel alugado, com dois amigos, também bolivianos, e um motorista contratado para fazer uma mudança”, disse. No local havia objetos das vítimas, assim como o maquinário da confecção. Os dois amigos estão presos.

“Não descartamos nenhuma hipótese para o crime. Uma das linhas é que o crime ocorreu por questões financeiras e outra possibilidade é a de que o Gustavo estivesse de olho no negócio das vítimas”, disse o delegado.

O delegado Eliardo Amoroso Jordão afirmou que “há contradições” nos depoimentos dos dois amigos de Gustavo Santos Vargas Arias. Segundo o policial, um deles disse que não viu o filho do casal no dia 23 de dezembro. Porém, a mulher dele afirmou que o menino passou a tarde em sua casa. “Depois que ele foi desmentido, voltou atrás”, disse Jordão.

O outro amigo, segundo a polícia, mora na rua da casa em Itaquaquecetuba e ajudou Vargas a alugar o imóvel. “Ele disse que foram levados poucos sacos plásticos para a casa. Porém, o motorista que fez a mudança disse que haviam muitíssimos sacos.”

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