Polícia do Rio prende procuradora condenada por tortura a criança de dois anos

Vera Lúcia foi encontrada em sua casa em Ipanema, zona sul do Rio, na quarta (16)

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Rio de Janeiro

A procuradora aposentada de Justiça Vera Lúcia Sant'anna Gomes foi presa na manhã desta quinta-feira (17) pela Polícia Civil do Rio. 

Vera Lúcia foi encontrada em sua casa em Ipanema, zona sul do Rio, na última quarta-feira (16) por uma reportagem da Globonews. Agentes da Polícia Civil foram à casa da mulher nesta quinta e efetuaram a prisão. 

Vera Lucia foi condenada em 2010 a oito anos e dois meses de prisão em regime fechado, acusada de torturar uma menina de dois anos que pretendia adotar e por quem detinha guarda provisória. 

A procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Sant'Anna Gomes, 66, condenada por tortura
A procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia Sant'Anna Gomes, 66, condenada por tortura - Reprodução

Em áudios, a procuradora foi flagrada xingando a criança com palavras como "cachorrinha", além de ficarem comprovadas agressões físicas à menina. 

A denúncia das agressões foram feitas por funcionários da casa da procuradora. Um deles relatou no processo que a procuradora mantinha a menina trancada no quarto por vários dias e agredia a garota com tapa no rosto, puxões de cabelo, empurrões, além de xingamentos.

Naquele mesmo ano, a guarda provisória foi suspensa pelo Conselho Tutelar, que retirou a menina do apartamento da servidora aposentada, que chegou a ficar dois meses presa.

Em 2016, ela foi beneficiada por um Habeas Corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Sua pena foi reduzida na segunda instância para cinco anos e cinco meses em regime semiaberto. 

Após esgotadas as possibilidades de recurso, Vera Lúcia passou a ser considerada foragida e nunca se apresentou às autoridades.

Nesta quinta-feira (17), a procuradora chegou a passar mal durante a abordagem policial, ocorrida no início da manhã. Ela foi encaminhada ao hospital antes de ser levada à Cidade da Polícia, o quartel general da Polícia Civil do Rio. 

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa da procuradora aposentada

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