Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Morre maquinista retirado de trem que colidiu nesta quarta, no Rio

Duas composições se chocaram em São Cristóvão; condutor ficou preso nas ferragens

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Rio de Janeiro

Um maquinista morreu e ao menos oito passageiros ficaram feridos depois da colisão entre dois trens no Rio de Janeiro.

O maquinista Rodrigo da Silva Ribeiro Assumpção ficou preso nas ferragens e seu resgate durou oito horas, durante as quais ele permaneceu acordado e lúcido. 

Logo após ser retirado das ferragens, por volta das 14h30, o homem, que não teve o nome divulgado, recebeu massagem cardíaca dos bombeiros. Ele foi levado ao hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. 

Assumpção era funcionário da SuperVia desde 2011 e trabalhava como maquinista havia cinco anos, segundo informações da empresa, responsável pelo sistema ferroviário no local. Ele era casado e tinha dois filhos. Os outros feridos no acidente já receberam alta.

O choque aconteceu na estação de São Cristóvão, uma das mais movimentadas da zona norte da capital fluminense, por volta das 6h50 desta quarta-feira (27).

Trens ficam destruídos após colisão na estação São Cristóvão, no Rio
Trens ficam destruídos após colisão na estação São Cristóvão, no Rio - Reprodução/TV Globo

Inicialmente, a SuperVia havia informado que um dos trens estava sem passageiros, mas corrigiu a informação ao confirmar que as duas composições envolvidas no acidente transportavam passageiros.

"Lamentamos profundamente e estamos prestando todo o suporte para resolução o mais rápido possível", escreveu a empresa.

A Agetransp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro) informou por meio de nota que vai investigar as circunstâncias do acidente.

Além das causas da colisão, também será objeto de análise da agência reguladora a adequação do atendimento prestado aos usuários pela concessionária SuperVia e os procedimentos adotados para o restabelecimento da normalidade na operação comercial dos trens. A concessionária poderá ser multada.

A SuperVia disse que lamenta o acidente e afirmou que abriu sindicância para apurar as falhas que resultaram na colisão. A empresa informou que os trens envolvidos no acidente tinham o ATP (Automatic Train Protection), sistema que limita a velocidade das composições automaticamente e faz a frenagem caso o trem ultrapasse a velocidade definida para o trecho.

A concessionária assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com a Defensoria Pública em que se compromete a fornecer 30 mil bilhetes gratuitos a passageiros do ramal Deodoro como reparação pelo acidente. 

A empresa também pagará tratamento médico, fisioterápico e psicológico para todas as vítimas, além de indenização, de acordo com o termo assinado.

Para ter direito ao ressarcimento, as vítimas terão 120 dias comprovar o dano ou mostrar que procuraram atendimento em uma unidade pública de saúde nesta quarta ou quinta-feira (28).

A Supervia transporta cerca de 600 mil passageiros por dia em uma malha ferroviária de 270 km, com 104 estações e 201 trens, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

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