Descrição de chapéu Alalaô

Dodô, 4 km de circuito, gordinhas de Ondina: as curiosidades do Carnaval de Salvador

Circutio Dodô, Barra, concentra as principais atrações da festa da capital baiana

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Salvador

Para quem pretende estrear no Carnaval de Salvador nesta quinta-feira (28), o circuito Dodô é o mais badalado da capital baiana, onde se concentram as principais atrações da festa. Não sabe onde fica? É fácil: na Barra. Basta apenas procurar pelo farol cartão-postal da cidade, que leva o mesmo nome do bairro.

Hoje, na Barra, a festa está programada para começar às 15h. As 42 atrações previstas para esses 4 km devem se estender até depois da meia-noite. 

Entre as principais do dia, estão Baiana SystemTrio Armandinho, Dodô e Osmar, a pipoca de Saulo Fernandes, a pipoca da Banda Eva, os trios independentes de Cláudia Leitte, Daniela Mercury, Bell Marques, Harmonia do Samba, Solange Almeida e o bloco Os Mascarados (Margareth Menezes).

O nome do circuito é uma homenagem a Adolfo Antônio do Nascimento (1920-1978) que, junto com o amigo Osmar Alvares Macedo, fabricou o primeiro trio elétrico, a fobica, em 1950. É ali, na esquina da avenida Sete com a Oceânica, em frente ao Farol da Barra, que os foliões se reúnem.

Desde o ponto de partida, são cerca de quatro quilômetros da Barra até Ondina, onde o desfile dos trios é encerrado, já na altura do monumento As Meninas do Brasil, apelidadas localmente pelos soteropolitanos de “As Gordinhas de Ondina”

De autoria da artista plástica Eliana Kertész (1945-2017), são três mulheres que fazem uma ode aos povos negros (Damiana), indígena (Catarina) e branco (Mariana). Por causa das formas arredondas, costuma ser comparado ao trabalho do colombiano Fernando Botero.

O local também é ponto de encontro para aqueles que preferem as festas privadas nos camarotes. Mas até chegar lá, a quilometragem percorrida se dá em marcha lenta. Os trios elétricos se revezam numa velocidade que varia de 10 a 20 km/h, com diversas paradas.

Além de disposição para encarar a distância entre dois pontos, é preciso estar com o fôlego em dia para acompanhar cerca de dez horas de música, desde as 15h até 1h, com trios que saem em intervalos de 15 minutos, cada. Por isso, é melhor usar um calçado confortável.

Como a festa é uma vez por ano, há quem se aventure a ir da Barra para a Ondina e voltar. Pelo menos, o vento litoral que sopra pelo circuito à beira-mar ajuda a aliviar o calor. A previsão para os próximos dias é de sol com nuvens, na casa dos 32 graus e sensação térmica de 38.

Nem só de Carnaval vive a Barra, que abriga importantes monumentos sobre a história do Brasil. É na praia do Porto –avaliada internacionalmente como uma das melhores do mundo– que fica o Marco de Fundação da Cidade do Salvador, inaugurado em 29 de março de 1952, data de aniversário da cidade fundada em 1549.

O marco é um pilar vertical esculpido em pedra de lioz portuguesa, pelo português João Fragoso, com o símbolo da coroa e a Cruz de Malta no topo. Junto ao pilar, há um painel de 4,2 m de comprimento por 1,97 m de altura, que retrata a chegada do fundador da cidade, o português Thomé de Souza.

Confeccionado em cerâmica faiança pelo português Eduardo Gomes, em 2003, o atual painel é uma réplica do original pintado em Lisboa, em 1949, pelo compatriota Joaquim Rebucho. O painel já passou por, pelo menos, três restaurações devido ao vandalismo.

Na Barra, também estão três fortes construídos pelos portugueses para evitar a invasão dos inimigos, sobretudo os holandeses. São eles o Forte de Santo Antônio (onde fica o farol), o Forte de São Diogo e o Forte de Santa Maria. 

Fechados durante a festa, os fortes abrigam espaços culturais para visitação pública. No São Diogo, funciona o Espaço Carybé das Artes, com centenas de peças que fazem parte do acervo do artista visual argentino. 

No Forte Santa Maria, está o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, onde fica em exposição o trabalho do fotógrafo francês e mais 60 fotógrafos nascidos ou radicados na Bahia. Paga-se R$ 20 para visitar os dois espaços. Na quarta-feira, é de graça. 

Por fim, o Forte Santo Antônio da Barra é anterior à própria fundação da cidade. Abriga o Museu Náutico da Bahia, com acervo de achados arqueológicos submarinos, além de instrumentos de navegação. Funciona de terça a domingo, das 9h às 18h, com ingresso de R$ 15 (inteira).    

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